Da direita à esquerda, nenhum partido concorda com as medidas apresentadas pelo Governo para aliviar o aumento dos encargos das famílias com o crédito à habitação. A crítica em uníssono é de que vêm tarde, mas muitos partidos atiram-se ao facto de não haver qualquer responsabilização da banca.
Luís Montenegro foi um dos primeiros a reagir e criticou o facto de as medidas virem “tarde”, mas foi mais longe para sublinhar que o Governo poderia ter aproveitado as propostas da sociedade civil e dos partidos políticos para melhorar o pacote de medidas. Reconheceu que uma das medidas era parecida com uma proposta do PSD, porém explicou que esta pretendia a suspensão da aplicação do juro na parte excedente por dois a cinco anos e que o intuito era que esse valor fosse pago no final dos empréstimos.
“Esta medida é melhor do que nada, mais vale tarde do que nunca. Mas parece limitativa, dá ajuda para limitar o crescimento da componente dos juros, mas implica a compensação se opere daqui a dois anos”, explicou o presidente do PSD, frisando que “não é expectável que situação seja assim tão mais favorável daqui a dois anos” — a proposta do Governo é para adiar o pagamento por dois anos, sendo que a compensação só será paga daqui a seis.
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