A adesão está a crescer e, em certas unidades hospitalares, há 100% de médicos a juntar-se ao protesto. Segundo o movimento Médicos em Luta, o número de profissionais que recusa fazer horas extraordinárias está a aumentar e afeta, pelo menos, 21 centros hospitalares e hospitais de norte a sul do país. A notícia é avançada pelo Público e pelo Jornal de Notícias.

A lei prevê que um médico faça, no máximo, 150 horas extraordinárias por ano e, a partir desse número, os profissionais de saúde não são obrigados a fazê-lo. No entanto, à medida que se aproxima o final do ano, há cada vez mais médicos que atingem esse teto, criando um problema às unidades hospitalares quando os profissionais não estão disponíveis para continuar a fazer horas extra. Agora, numa altura em que as negociações sobre a valorização da carreira chegaram a um impasse, a forma encontrada para pressionar o ministro da Saúde foi a escusa em cumprir horas para além do que prevê a lei.

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Segundo o movimento, citado pelos dois jornais, há casos de unidades de saúde em que 100% ou a grande maioria dos médicos entregou a carta de escusa às administrações hospitalares.

O ministro Manuel Pizarro desvalorizou a situação, enquanto o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, e o Bastonário da Ordem dos Médicos assumem estar “muito preocupados”. Carlos Cortes afirmou que nunca viu a classe tão unida.

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