Um dos suspeitos acusados de participarem num esquema ilegal para anular a derrota de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2020 declarou-se culpado esta sexta-feira. Scott Graham Hall aceitou o acordo judicial que inclui uma sentença de prisão de cinco anos em liberdade condicional, uma multa de 5 mil dólares (cerca de 4.720 euros) e 200 horas de trabalho comunitário.

No mês passado, Hall, de 59 anos, foi o primeiro dos 19 acusados (entre eles Donald Trump) a entregar-se na prisão do condado de Fulton, no estado da Georgia, depois de serem indiciados pelo grande júri por conspiração para reverter ilegalmente a derrota nas eleições de 2020 naquele estado norte-americano.

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O suspeito declarou-se culpado de cinco acusações de conspiração, tendo sido descrito no processo de 98 páginas como um associado de longa data de David Bossie, conselheiro do ex-Presidente dos EUA.

A acusação de Trump pelo grande júri do condado de Fulton resulta de uma investigação de dois anos iniciada após um telefonema, de janeiro de 2021, em que o então Presidente sugeriu que o secretário de Estado republicano da Geórgia poderia ajudá-lo a “encontrar 11.780 votos” necessários para reverter a derrota para o democrata Joe Biden.

Outros 18 arguidos indiciados no mesmo processo incluem o ex-chefe de gabinete da Casa Branca Mark Meadows, o advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, e um funcionário do Departamento de Justiça da administração Trump, Jeffrey Clark.

Este é o quarto processo criminal contra o antigo Presidente e o segundo em que é acusado de tentar subverter os resultados da votação. Trump é o principal candidato republicano à presidência e tem usado as sucessivas acusações para angariar fundos, apresentando-se como vítima de procuradores democratas.

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