A história, contada pela BBC, quase que dava um filme. Brian Morrison, um britânico de 53 anos natural de Glasgow, na Escócia, passou por uma experiência que promete ficar-lhe na memória. No passado domingo, enquanto se deslocava no seu novo MG ZS eléctrico, um veículo fabricado na China (também produzem na Tailândia e na Índia) de uma marca propriedade da estatal SAIC, Morrison apercebeu-se que o seu carro tinha sofrido “uma avaria catastrófica”, que o mantinha bloqueado na velocidade a que circulava na altura, sem responder ao pedal de travão. Felizmente, na ocasião, o condutor deslocava-se apenas a 30 mph, cerca de 48 km/h, uma vez que, se circulasse a 120 km/h, os riscos para ele e para os restantes utilizadores da via pública seriam bastante superiores.

Sentindo-se “raptado” pelo seu próprio carro, o escocês beneficiou do facto de o trânsito ser muito ligeiro às 22h00 em Kirkintilloch, nos arredores de Glasgow. Como a velocidade era relativamente reduzida, foi conseguindo dirigir o veículo sem embater em peões ou noutros veículos, com os problemas a avolumarem-se quando surgiram as rotundas, que abordou de forma demasiado optimista. A melhor solução que lhe ocorreu foi ligar para a linha de emergência 999 (o 112 escocês) e solicitar ajuda à polícia para resolver com o mínimo de danos uma situação que tinha todos os ingredientes para correr mal.

Tendo anteriormente detectado um ruído metálico intenso, que parecia vir das pastilhas de travão, Morrison teve ainda a oportunidade de falar com técnicos da polícia, que lhe sugeriram formas de reconquistar o controlo do MG. Porém, todas elas se revelaram infrutíferas. Mas se o plano A para parar o automóvel não funcionou, o plano B estava garantido, consistindo em colocar um furgão da polícia à frente do eléctrico chinês e suavemente ir aplicando travão, para que os embates do MG no carro da polícia o fizessem finalmente parar.

À BBC, a polícia escocesa confirmou ter sido chamada a intervir para fazer parar um carro eléctrico que circulava desgovernado, enquanto Morrison recordava que quando o Royal Automobile Club (o ACP lá do sítio) chegou ao local e ligou o MG a um equipamento de diagnóstico, surgiram “páginas com defeitos registados”. Um porta-voz do construtor garantiu estar a tentar resolver o problema. O The Independent divulgou toda a história em vídeo:

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