Em abril, Alec Baldwin tirou um peso das costas ao ver cair as acusações de homicídio involuntário pela morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins, no set do filme Rust. Agora, apesar de continuar a afirmar que não premiu o gatilho, o caso pode ser reaberto.

Os procuradores que estão a investigar o caso a morte da diretora, em outubro de 2021, no Novo México, decidiram convocar um grande júri para os ajudar a perceber se deviam voltar a acusar o ator, de 65 anos, por homicídio involuntário.

“Acreditamos que, com base na nossa longa e detalhada investigação, é apropriado que um grande júri no Novo México tome uma decisão sobre se o caso deve prosseguir“, explicou a procuradora especial Kari T. Morrissey, numa entrevista na terça-feira, citado pelo The New York Times.

Esta decisão pode levar a que Baldwin reviva o dia em que disparou uma arma que não era suposto ter munições reais, mas em que acabou por matar Hutchins e por ferir o realizador, Joel Souza.

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Os advogados do ator, Luke Nikas e Alex Spiro, emitiram um comunicado esta terça-feira, dizendo que “é lamentável que uma tragédia terrível se tenha transformado nesta acusação mal orientada”. “Responderemos a tudo em tribunal”, garantiram.

A convocação do grande júri surge na sequência de os procuradores terem deixado cair a acusação de homicídio involuntário, formulada em janeiro deste ano, após receberem provas de que a arma podia ter sido modificada. No entanto, um relatório divulgado em agosto veio contrariar o veredicto de Baldwin — que afirma ainda hoje não ter premido o gatilho — dizendo que este “tem de ter sido puxado ou pressionado o suficiente”.

Alec Baldwin. Novo relatório mostra que ator “tem de ter puxado” o gatilho da arma que matou Halyna Hutchins

“Apesar de Alec Baldwin ter negado repetidamente que tenha premido o gatilho, os testes, conclusões e observações aqui reportados mostram que o gatilho tem de ter sido puxado ou pressionado o suficiente para libertar o canhão totalmente engatilhado ou retraído do revólver em prova”, revelou o relatório conduzido por uma empresa forense e balística no Arizona, Forensic Science Services.

Caso seja novamente acusado e acabado por ser condenado, Alec Baldwin poderá ter de passar 18 meses na prisão e de pagar 4.727 euros (aproximadamente 5.000 dólares norte-americanos).