O Campeonato do Mundo do Qatar já terminou há exatamente dez meses mas nem por isso perde atualidade. Ou melhor, faz a atualidade. E é a partir desse Mundial conquistado pela Argentina nas grandes penalidades frente à França que pode ser escrita mais uma página inédita no futebol por Lionel Messi, um dos maiores argumentistas das últimas décadas a par de Cristiano Ronaldo mas com maior peso na lista de prémios.

O mundo nunca quis saber dele. Agora, o mundo é dele: Benzema, o bad boy que chegou à Bola de Ouro

De acordo com o jornal catalão Sport, o número 10 é o principal favorito à conquista da Bola de Ouro deste ano, sucedendo assim a Karim Benzema, do Real Madrid, que recebeu o prémio em 2022. Grande ponto a favor? O facto de ter conquistado o Mundial pela Argentina, o primeiro da carreira e o terceiro do país após as campanhas de Mario Kempes e sus muchachos em 1978 e de Diego Maradona e companhia em 1986. E se esse for o fator decisivo para desequilibrar a balança, a vitória parece mesmo estar garantida.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Como a mudança de uma data foi o elevador de Messi até ao The Best – e tirou a escada da glória a um Real Madrid em boicote (silencioso)

No entanto, há outro dado “novo” na questão da Bola de Ouro. Caso conquiste mesmo o galardão, que seria o oitavo da carreira depois das vitórias em 2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019 e 2021, Lionel Messi passará a ser não só o jogador com mais troféus tendo o estatuto reforçado (Cristiano Ronaldo, que se segue, ganhou por cinco ocasiões que coincidiram sempre com anos em que conquistou a Champions) mas também o primeiro na história a alcançar o feito jogando numa equipa fora da Europa, neste caso na MLS.

“Custa acreditar”, “Não entendo”, “Não é justo”: sétima Bola de Ouro de Messi é tudo menos unânime

De recordar que o jogador que fez quase toda a carreira no Barcelona, onde ganhou quatro Champions, três Mundiais de Clubes, três Supertaças Europeias, dez Campeonatos, sete Taças e sete Supertaças, rumou ao PSG em 2021 mas saiu dois anos depois sem cumprir o objetivo de conquistar a Liga dos Campeões pelos franceses (onde ganhou dois Campeonatos e uma Supertaça), rumando aos norte-americanos do Inter Miami… onde ficará sem jogar até fevereiro depois de a equipa onde jogam também Sergio Busquets e Jordi Alba ter falhado a qualificação para os playoffs. Ainda assim, a vitória na Bola de Ouro parece “prometida”.

“É incomparável, joga numa outra liga”: sete números de Messi que confirmam a profecia de Cruyff

Em relação à Bola de Ouro feminina, as dúvidas são ainda menores em relação à mais do que provável vencedora: Aitana Bonmatí, jogadora do Barcelona que é internacional por Espanha, deve suceder a Alexia Putellas como vencedora depois de um ano em que ganhou a Liga, a Supertaça e a Champions pelo conjunto catalão além do Campeonato do Mundo de seleções realizado na Austrália e na Nova Zelândia.

Uma das “cabecilhas da revolta” que se infiltrou entre as campeãs: quem é Aitana Bonmatí, a MVP do Mundial