Mais assinantes, mais países sem os planos básicos de subscrição, aumento de preços e sucesso no combate à partilha de contas. É o resumo feito pela Netflix relativamente ao terceiro trimestre do ano, período em que conseguiu conquistar mais 8,76 milhões de utilizadores, apesar de o verão ter sido marcado por uma greve de argumentistas e atores que paralisou a produção de novos filmes e séries.

A plataforma de streaming continua a ser líder de mercado, contando agora com mais de 247 milhões de subscritores. Cerca de 70% desse público encontra-se fora dos Estados Unidos, indica a empresa, que apresenta receitas de 8,54 mil milhões de dólares, na carta aos investidores que foi divulgada esta quarta-feira.

Estúdios e argumentistas de Hollywood chegam a acordo para acabar com greve

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No documento, a Netflix informa que aumentou a mensalidade dos planos básico e premium em três países: Estados Unidos, Reino Unido e França. No mercado norte-americano, o plano básico subiu de 9,99 dólares para 11,99 dólares e o premium de 19,99 dólares para 22,99 dólares. No Reino Unido e em França, o plano mais caro passa a custar, respetivamente, 17,99 libras e 19,99 euros. E o básico é atualizado para 7,99 libras e 10,99 euros. Até ao momento, não há indicações de que esta subida atinja, para já, Portugal, sabe o Observador.

Na Austrália, Alemanha, Espanha, Japão, México e Brasil, os preços não deverão subir, mas deixa de existir, para aqueles que pretendem subscrever a Netflix, a possibilidade de optarem pelo plano básico. Aqueles que decidirem cancelar a conta, quando, eventualmente, quiserem regressar, não o terão de novo à disposição. Este plano já não se encontrava disponível, para novos utilizadores, nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Itália. No mercado português, esta subscrição base, que tem um custo de 7,99 euros por mês, continua disponível.

Netflix remove plano básico de subscrição (o mais barato sem anúncios) no Canadá

Quanto ao combate à partilha de contas, a Netflix garante aos seus acionistas que tomou medidas “de forma bem-sucedida em todas as regiões” em que opera e que essas estão a ser implementadas “como planeado”. “A reação de cancelamento continua a ser baixa, excedendo as nossas expectativas”. O número de lares que pedia a password emprestada e que se converteu em “membros pagantes está a demonstrar uma retenção [de subscrições] saudável”. Para o futuro, a empresa pretende continuar a “aperfeiçoar e otimizar” esta abordagem, com o objetivo de “converter mais agregados familiares”, que ainda partilham gratuitamente a conta, em “membros pagantes”.

Netflix muda partilha de conta em Portugal a partir de 21 de fevereiro. Adicionar um novo membro vai custar 3,99 euros por mês

O plano mais barato, mas com anúncios publicitários — que ainda não chegou a Portugal — representa, em média, segundo a Netflix, “30% dos novos assinantes” nos países em que se encontra disponível.

Netflix lança plano mais barato com anúncios em novembro em 12 países. Portugal não está na lista