No ano em que se assinala o centenário daquele espaço lisboeta, o certame abre com a criação da Plateias d’Arte — Associação Cultural, no auditório Fernando Lopes-Graça, em Almada, numa encenação de Diogo Novo, com interpretações de António Calvário e Rita Ribeiro, dois nomes que também foram cabeças-de-cartaz dos palcos do teatro de revista.

A proposta documental A/Mada — Gente do mar, baseada em testemunhos das comunidades piscatórias da Costa de Caparica, Fonte da Telha e Barreiro, é outro destaque desta edição da mostra, concretizando a primeira das 12 estreias do programa. A peça estará em cena nos dias 04 e 05 de novembro, com direção artística de Laurinda Chiungue, cocriação e interpretação de Martha García e Susana Quaresma.

A programação da mostra estende-se a encenações de textos de autores como Eugene Ionesco, Karl Valentim, Sam Shepard, Bess Wohl, Paul Maar, Alberto Luengo e Roald Dahl, cumprindo o objetivo de promover e divulgar a produção teatral, “consolidando Almada como um lugar especial de arte e cultura de todos e para todos, onde o Teatro tem particular destaque”, como afirma a organização.

A peça O verdadeiro Oeste, de Sam Shepard, será levada a cena no Casino da Trafaria, pelo Grupo de Teatro Amador e Independente — G.I.I.T , com encenação e cenografia de Vítor Mio, em 04 e 05 de novembro.

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3 Nomes próprios, a partir de Ricardo III, de Shakespeare, com dramaturgia de Sandra Hung e Rogério de Carvalho, será estreada pela Artes e Engenhos, no dia 05, no Teatro-Estúdio António Assunção, em Almada.

Em estreia estará também Aquacultura de sereias, de Patrícia de Brito, que a cooperativa de artistas Kilig apresenta nos dias 08 e 09, no auditório Fernando Lopes-Graça.

No dia 11, no Solar dos Zagallos, será a vez da peça Murta, a guardiã da floresta, de Ângela Ribeiro, pela companhia Embalar-te.

O Alfa Teatro estreia, no dia 11 de novembro, no auditório Fernando Lopes-Graça, a peça Fome, uma criação coletiva com espaço cénico e interpretação de João Lisboa, Luís Menezes e Sofia Raposo, de novo em cena no dia 12.

A partir de Aristófanes e de Lisístrata, o Novo Núcleo estreia Chamusca — Abertura do processo, com conceito e encenação de Sandra Hung, que também aborda o universo do dramaturgo romeno Matei Visniec e referências como Pina Bausch, dança Butoh, Guy Debord, Jorge Luis Borges e Maria Gabriela Lllansol. A peça será levada a cena no auditório Fernando Lopes-Graça, a 12 de novembro.

O Teatro de Areia, por seu lado, estreia a criação coletiva Também tinha coisas para fazer mas alguém tem de manter isto aberto, no dia 17, no mesmo local.

No mesmo dia, mas no auditório da Costa de Caparica, será a vez de Vultos, a partir de As vedetas, de Lucien Lambert, pela Et-Al Companhia de Teatro.

O mundo de Karl Valentim é abordado pela encenação de Luzia Paramés para a Universidade Sénior D. Sancho I de Almada, com O teatro obrigatório, partir de textos como A carta, A encadernadora, A ida ao Teatro, A loja de chapéus e Porque os teatros estão sempre vazios?. O espectáculo é estreado no dia 19, na Sociedade Filarmónica Incrível Almadense.

O coletivo Teatro & Teatro estreia a sua abordagem de A cantora careca, de Eugene Ionesco, ao auditório Fernando Lopes-Graça, também a 19 de novembro.

No mesmo dia, a peça Pequenos sons da boca, de Bess Wohl, com adaptação e dramaturgia de Rui Silvares e Ana Nave, será levada a cena pelo Arte 33- Núcleo Cultural, no Casino da Trafaria.

No dia 25, destacam-se três produções em estreia: InSólido, a partir de Nietzsche, pelo Teatro Filosófico, na Casa Municipal da Juventude — Ponto de Encontro; Matilda Jr, de Roald Dahl, pelo grupo Plateias d’Arte, no auditório Fernando Lopes-Graça; e Kokorokokaixa, de Paul Maar, pelo Teatro Extremo, no Teatro Estúdio António Assunção.

O Grupo Cénico da Incrível Almadense ‘joga em casa’, no seu Salão de Festas, com duas peças: Beltrana, muito prazer, de Paulo Sacaldassy, também no dia 25, e a criação coletiva Central natura — Alerta vermelho, que estreia no dia seguinte.

A mostra encerra com A noite dos naufrágios, de Alberto Luengo, peça posta em cena pela estrutura Ninho de Víboras, no auditório Fernando Lopes-Graça, nos dias 29 e 30 de novembro.

A Mostra de Teatro de Almada é organizada pela Câmara Municipal, em parceria com os grupos de teatro do concelho.

Workshops de clown e de voz para atores, debates e exposições constam também da programação, disponível a partir do ‘site’ do município.