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O Presidente turco disse ao Papa Francisco considerar que “os ataques israelitas contra Gaza atingiram o nível de um massacre” e criticou a falta de indignação da comunidade internacional, cujo silêncio é “embaraçoso”, avançou esta quinta-feira a presidência turca, em comunicado.

Os ataques de Israel a Gaza, que não têm justificação em nenhum texto sagrado, atingiram a magnitude de massacre”, disse Recep Tayyip Erdogan ao líder espiritual católico e chefe do Estado do Vaticano, segundo o comunicado. “A indiferença da comunidade internacional sobre o que está a acontecer é uma vergonha para a humanidade e todos os Estados deveriam levantar a voz contra esta tragédia”, acusou o Presidente turco, apelando ao Papa para que apoie os esforços da Turquia para que seja enviada ajuda humanitária aos palestinianos em Gaza.

O grupo islamita Hamas atacou de surpresa Israel em 7 de outubro, provocando cerca de 1.400 mortos e fazendo 220 reféns. Em retaliação, Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza e bloqueou a entrada no território de água, combustível e outros bens.

Segundo a ONU, o exército israelita matou até agora mais de 6.500 pessoas em Gaza.

Erdogan acusou Israel de cometer “um ato premeditado de crime contra a humanidade” por ter alegadamente atacado civis em Gaza e disse que o Hamas não é uma organização terrorista, mas “uma organização de libertação, de mujahidin [palavra árabe que significa combatente ou alguém que se empenha na luta], que luta para proteger as suas terras e cidadãos”.

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Presidente turco define Hamas como um “grupo de libertação que luta para proteger a sua terra e os seus cidadãos”

A paz duradoura na região, que alberga os locais sagrados das três religiões monoteístas, só será possível com a criação de um país independente”, afirmou ainda Erdogan na conversa com o Papa Francisco, defendendo um Estado da Palestina soberano e geograficamente integrado nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital.

O vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, reagiu ao anúncio da conversa tida por Erdogan, descrevendo as declarações como “repugnantes” e disse que ia pedir ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, que convocasse o embaixador turco para apresentar um protesto formal.