O movimento Greve Climática Estudantil estará a planear mais ações para novembro. De acordo com o jornal Expresso, que acompanhou a segunda “assembleia-geral” do grupo, que decorreu junto ao Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, estão a ser preparadas várias ações, prometendo parar escolas e “instituições de poder”.

O semanário menciona duas datas: o início, a 13 de novembro, e o culminar da lista de ações com uma “visita de estudo ao Ministério do Ambiente e da Ação Climática”, a 24 de novembro. No encontro, o grupo discutiu e propôs ideias para as ações – o Expresso refere que foram discutidas palavras de ordem, mas também o uso de “fumo pirotécnico de carnaval” ou o uso de barbatanas e óculos na escola, numa alusão a fenómenos climáticos extremos que podem gerar inundações.

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Na reunião, que foi liderada por Matilde Ventura, uma das jovens que atirou tinta verde ao ministro Duarte Cordeiro, ficou patente que existe o limite de não poderem “ser violentos com ninguém”.

O jornal menciona também a forma de funcionamento do movimento Climáximo, que no início do mês interrompeu o trânsito na Segunda Circular, em Lisboa, ou que é o responsável pela quebra da montra da loja Gucci, em Lisboa. Ao contrário do movimento Greve Climática Estudantil, o Climáximo tem aumentado o nível de secretismo. Os jovens tornaram-se mais discretos, comunicando através de aplicações encriptadas ou desligando os telemóveis quando se reúnem presencialmente, explica o jornal.

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Além do ministro Duarte Cordeiro, também Fernando Medina já foi um “alvo” dos ativistas climáticos. A 20 de outubro, durante uma intervenção na Faculdade de Direito, em Lisboa, o ministro das Finanças foi atingido com tinta verde.

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