O Museu de Arte Contemporânea — Centro Cultural de Belém (MAC/CCB) recebeu 11.780 visitantes entre sexta-feira e domingo, os três dias da inauguração oficial, que teve entradas gratuitas nas novas exposições, indicou esta segunda-feira fonte desta entidade.

Contactada pela agência Lusa sobre o balanço de entradas dos três dias da inauguração, fonte da comunicação do MAC/CCB indicou que na sexta-feira, dia da inauguração oficial, o museu recebeu 3.148 visitantes, no sábado foram 3.493 visitantes, enquanto 5.139 visitantes deram entrada no domingo.

O museu abriu oficialmente portas ao público com a inauguração de três exposições: “Ou o desenho contínuo”, com os desenhos do colecionador Teixeira de Freitas, cuja coleção foi entregue em depósito no MAC/CCB, e “Corpo, Objeto, Espaço — A revisão dos géneros artísticos a partir da década de 1960”, a nova exposição permanente que inclui obras da Coleção Berardo, da Coleção Holma/Ellipse, da Coleção Teixeira de Freitas e da Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE).

Também foi inaugurada a exposição temporária “Atravessar uma ponte em chamas”, da artista belga Berlinde de Bruyckere, e realizada uma programação com visitas guiadas, concertos e atividades paralelas às exposições.

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O MAC/CCB estará aberto de terça-feira a domingo, das 10h00 às 19h00, com a última entrada às 18h30, e o bilhete tem um custo de 10 euros para não residentes, e cinco euros para residentes em Portugal e cidadãos com nacionalidade portuguesa, para quem a entrada é gratuita todos os domingos até às 14h00.

Criado depois da extinção da Fundação de Arte Moderna e Arte Contemporânea — Coleção Berardo, o MAC/CCB foi anunciado após a denúncia, pelo Ministério da Cultura, de um protocolo de comodato assinado entre o Estado e o colecionador de arte José Berardo, que entrou em vigor em 1 de janeiro deste ano, sempre com a oposição do empresário.

A Coleção Berardo reúne os desenvolvimentos artísticos no mundo ocidental, no decurso do século XX, e inclui, entre outras obras, artistas estrangeiros de renome como Jean Dubuffet, Joan Miró, Yves Klein, Piet Mondrian, Duchamp, Chagall, Picasso e Andy Warhol, e de portugueses como Rui Chafes, Fernanda Fragateiro e Julião Sarmento.

As obras estão arrestadas pela justiça desde julho de 2019, na sequência de um processo interposto em tribunal pelo Novo Banco, pela Caixa Geral de Depósitos e pelo BCP, que reclamam uma dívida de perto de 1.000 milhões de euros, que alegam ter do empresário.