Os crimes violentos e graves no concelho da Amadora, distrito de Lisboa, tiveram uma redução de 60% nos últimos seis anos, devido ao sistema de videovigilância, segundo um balanço divulgado esta segunda-feira pela PSP.

Estes números foram divulgados esta tarde durante uma cerimónia presidida pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, para oficializar a entrada em funcionamento da 2.ª fase do sistema de videovigilância do município da Amadora.

Amadora reforça videovigilância com mais 38 câmaras a partir de segunda-feira

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Segundo os dados apresentados pelo Comandante da Divisão da PSP da Amadora, Pedro Franco, entre 2017, ano em que entrou em funcionamento o sistema de videovigilância no concelho, e 2022 verificou-se uma redução de 60% dos crimes violentos e graves.

Nesta série estatística, desde 2017, ela iniciou-se com 772 crimes violentos e graves no concelho. Em 2022 já se fechou com 474. Para este ano, a nossa expectativa é que consigamos ter um nível de criminalidade violenta e grave que ronde as 300 ocorrências. São menos 60% de crimes desde que se iniciou este sistema de videovigilância. Representam centenas de pessoas que deixaram de ser vítimas de crimes graves”, sublinhou.

Pedro Franco explicou que esta redução se deve à capacidade dissuasora das câmaras e ao apoio que estas dão aos agentes ao nível da identificação e monitorização das ocorrências.

Entrou esta segunda-feira em funcionamento a 2.ª fase do sistema de videovigilância da Amadora, que dispõe agora de um total de 141 câmaras, espalhadas por todas as freguesias do concelho.

Na cerimónia desta segunda-feira, o ministro da Administração Interna anunciou também que haverá uma terceira fase de implementação do sistema de videovigilância, que prevê a instalação de mais 59 câmaras.

Durante o evento foi também assinado um protocolo de colaboração entre o município da Amadora e os Serviços Sociais da Polícia de Segurança Pública, que contempla a atribuição de direitos e benefícios sociais aos agentes da PSP, nomeadamente a nível da utilização do refeitório municipal, equipamentos culturais e estacionamento.

Em agosto de 2022, a Câmara Municipal da Amadora tinha anunciado a renovação por mais três anos do sistema de videovigilância urbano no concelho. As câmaras funcionam 24 horas por dia, sem captação de som, e a gestão compete à PSP.

Em setembro de 2020, o município foi autorizado a alargar o sistema de videovigilância e a instalar mais 38 câmaras.

A câmara apresentou o primeiro projeto de videovigilância em 2008, em colaboração com o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, para 113 câmaras, mas o pedido foi recusado após parecer negativo da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD).

O projeto foi reformulado, em resposta às observações da CNPD, e teve de ser posteriormente adaptado à nova legislação em 2012, altura em que o parecer da comissão deixou de ser vinculativo.