Num ano, o Governo já emitiu 2600 vistos para nómadas digitais. Norte-americanos, brasileiros e britânicos são os que mais têm procurado Portugal para trabalhar, com Lisboa, Porto e Madeira como principais destinos.

De acordo com a informação avançada pelo jornal Público, que cita fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros, um ano depois da entrada em vigor do novo regime, “as nacionalidades com mais vistos emitidos foram, por esta ordem, cidadãos dos Estados Unidos da América, Brasil e do Reino Unido”.

Criado em outubro de 2022, o novo visto destina-se a trabalhadores fora da União Europeia e do espaço Schengen que queiram vir para Portugal, prestem atividade de forma remota para fora do território nacional e ganhem mais do que quatro vezes o salário mínimo (3.040 euros, atualmente).

A nova lei permite enquadrar os nómadas digitais de duas formas. Uma implica um visto de residência temporária que vem com uma entrevista agendada no SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) ao fim de quatro meses (período durante o qual se pode sair uma vez de Portugal). Nessa entrevista, o visto é convertido em autorização de residência, válida por dois anos, período em que não pode estar fora mais de oito meses interpolados ou seis consecutivos, sendo renovável por mais três anos.

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Outra vertente, mais adaptada ao estilo de vida ‘nómada’, inclui um visto de estada temporária, e não de residência: é de um ano, prolongável por igual período. Não vem com um agendamento no SEF nem conta para pedir a cidadania.

Foram atribuídos 200 vistos a nómadas digitais em dois meses e meio