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A autorização de entrada de combustível em Gaza como ajuda humanitária foi criticada esta quarta-feira por diversos ministros do Governo de Israel, incluindo o extremista Itamar Ben Gvir, alegando que servirá os interesses do Hamas.

As autoridades israelitas autorizaram esta quarta-feira a entrega de combustível à Faixa de Gaza através da passagem de Rafah, num gesto sem precedentes desde o início do atual conflito, em 7 de outubro. Contudo, o tema não está a ser pacífico dentro do Governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

“Diesel = arma”, escreveu Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional, na sua conta na rede social X (antigo Twitter).

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A ministra dos Transportes, Mirie Regev, do partido de Benjamin Netanyahu, avisou que a ajuda enviada através da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) é na verdade “combustível para o Hamas”.

A UNRWA confirmou a chegada de mais de 23.000 litros de combustível, cuja utilização foi restringida apenas ao transporte de ajuda desde a fronteira.

“Não há combustível para água ou hospitais”, disse o diretor de Assuntos para a Faixa de Gaza das Nações Unidas, Thomas White, antes de sublinhar que esta quantidade “é apenas nove por cento do que é necessário” diariamente para manter atividades que salvam vidas.

O grupo islamita do Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.