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Miguel Oliveira não vai ser operado, mas deve falhar a última corrida da época e regressar às pistas apenas em 2024

Este artigo tem mais de 1 ano

Português partiu a omoplata num acidente na corrida sprint, não vai ser operado, mas não estará apto para correr no último GP da época. Di Giannantonio venceu no Qatar, Bagnaia é praticamente campeão.

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O piloto da RNF Aprilia caiu logo na primeira volta da corrida sprint deste sábado

NurPhoto via Getty Images

O piloto da RNF Aprilia caiu logo na primeira volta da corrida sprint deste sábado

NurPhoto via Getty Images

Começa a tornar-se difícil encontrar palavras para o quão azarado o ano de 2023 está a ser para Miguel Oliveira. Na época de estreia na RNF Aprilia, com vontade de fazer a diferença e mostrar que era capaz de fazer melhor do que os registos na KTM, o piloto português já leva sete corridas a cair e duas lesões graves e não conseguiu nenhuma vitória ou qualquer pódio. Em resumo, 2023 pode mesmo ser o pior ano de Miguel Oliveira no MotoGP — e o arquétipo de tudo isso aconteceu este sábado.

No Qatar, no penúltimo Grande Prémio da época, o piloto natural de Almada arrancou de 17.º para a corrida sprint — mas não chegou a cumprir uma única volta. Apesar de ter protagonizado um ótimo arranque que lhe permitiu conquistar várias posições nos primeiros instantes da prova, o português caiu e arrastou Enea Bastianini e Aleix Espargaró, acabando por ser conduzido ao centro médico do circuito qatari para ser avaliado. Aí, ficou detetada uma fratura na omoplata, posteriormente confirmada no hospital: assim como a ausência na corrida de domingo e, provavelmente, no último GP da temporada.

Começou mal, acabou pior: Miguel Oliveira cai na primeira volta da corrida sprint no Qatar

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“Em primeiro lugar, quero pedir desculpa ao Aleix Espargaró por ter acabado com a sua corrida. Em segundo lugar, dizer que termina por aqui o meu fim de semana com uma fratura na escápula [omoplata] direita. Em terceiro, quero agradecer a quem tem estado comigo nestes tempos. Sinto-me encorajado e com vontade de continuar a construir o meu sonho aqui, com toda a minha equipa. Obrigado”, escreveu Miguel Oliveira nas redes sociais.

Já este domingo, em declarações à comunicação social, acabou por confirmar que não terá de ser operado — deixando a ideia de que, apesar disso, só volta mesmo às pistas em 2024. “Parece que não, não irei precisar de operação. Leva algum tempo a que o osso tenha alguma solidificação, depois veremos o que está pela frente em termos de tendões e da área do ombro. Ver o que se está a passar. Infelizmente, parece que irei falhar a corrida [de Valencia, a última do ano], o teste, e é isto. As minhas últimas voltas desta época ‘fantástica’ chegaram ao fim”, atirou, com muita ironia à mistura.

Ainda sem confirmação oficial, torna-se cada vez mais claro que Miguel Oliveira já não vai regressar em 2023 — até porque já este sábado, na sequência do diagnóstico, do piloto português, o CEO da RNF Aprilia já tinha dito que a lesão é semelhante à que Enea Bastiniani sofreu em Portimão e que o afastou durante dois meses. Assim, Oliveira corre mesmo o risco de confirmar o pior ano da carreira no MotoGP, estando provisoriamente no 16.º lugar da classificação geral, uma posição abaixo do 17.º lugar da temporada de estreia.

No Qatar e depois da vitória de Jorge Martín na corrida sprint deste sábado, Pecco Bagnaia já não tinha qualquer hipótese de ser campeão mundial este fim de semana e era certo que todas as decisões estavam adiadas para Valencia e para o último Grande Prémio de 2023. Luca Marini tinha a pole-position, seguido de Fabio Di Giannantonio e Álex Márquez, com Bagnaia a arrancar de 4.º e Jorge Martín de 6.º. Di Giannantonio conquistou a primeira vitória da carreira, com Bagnaia e Marini a completarem o pódio, e Martín não foi além de uma modesta 10.ª posição que deixou algo hipotecada a possibilidade de se sagrar campeão mundial pela primeira vez em Valencia.

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