Com 12 pontos conquistados, quatro vitórias em quatro jogos e o apuramento para os oitavos de final já garantido, o Manchester City defrontava o RB Leipzig apenas a lutar pelo primeiro lugar do Grupo G. Num grupo já praticamente fechado e com os alemães também qualificados para a fase seguinte, a equipa de Pep Guardiola precisava de escavar fundo para encontrar motivação antes dos jogos a eliminar — mas o treinador espanhol garantia que não tem problemas na hora de impulsionar os jogadores no meio de um calendário tão sobrecarregado.

“Sou muito bom. Sou um homem bonito e consigo seduzi-los. Sou mesmo muito bom”, começou por dizer, com um sorriso que denunciava a ironia antes de falar mais a sério. “Hoje em dia temos a televisão, as imagens, falamos individualmente com os jogadores e trabalhamos a partir daí. Falei com o Rúben [Dias] sobre o que aconteceu contra o Chelsea, falei com o Kyle [Walker] sobre o que aconteceu contra o Chelsea. Falei com eles de forma específica, para que entendam onde erraram, e entenderam”, acrescentou Guardiola, recordando os erros defensivos cometidos no empate de há duas semanas contra os londrinos.

Alexander-Arnold silenciou o barulho que Haaland continua a fazer: Manchester City e Liverpool empatam e deixam Arsenal a sorrir

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O Manchester City recebia o RB Leipzig na sequência de um empate contra o Liverpool que culminou na perda da liderança da Premier League, já que o Arsenal venceu o Brentford, e procurava responder da melhor maneira antes da receção ao Tottenham já no fim de semana. Do outro lado, porém, estavam uns alemães que não pretendiam abdicar da corrida pelo primeiro lugar do grupo — mas que também vinham de uma escorregadela, uma derrota fora contra o Wolfsburgo, e já levam 11 pontos de distância para o líder Bayer Leverkusen na Bundesliga.

Neste contexto, no Etihad, Guardiola lançava Bernardo e Rico Lewis no apoio a Haaland, com Jack Grealish e Phil Foden mais abertos nas alas, e deixava Jérémy Doku e Julián Álvarez no banco. No RB Leipzig, Marco Rose apostava em Schlager e Haidara nas costas de Openda, com Forsberg e Xavi Simons nas alas, e o português Fábio Carvalho era suplente.

O RB Leipzig gelou o Etihad durante a primeira parte: Openda abriu o marcador ainda dentro do quarto de hora inicial (13′) e bisou à passagem da meia-hora (33′), com os alemães a descerem para o intervalo a vencer por dois golos de diferença e Pep Guardiola a sair em passo apressado para o balneário. O treinador espanhol mexeu logo no início da segunda parte, trocando Rúben Dias por Nathan Aké, e não demorou 10 minutos a lançar Doku e Álvarez.

O Manchester City reduziu a desvantagem já perto da hora de jogo, com Haaland a concretizar a primeira oportunidade que teve (54′). O empate surgiu a 20 minutos do fim, com Foden a aproveitar um passe de Gvardiol para marcar (70′), e os ingleses conseguiram mesmo dar a volta ao marcador e carimbar a vitória nos últimos instantes, por intermédio de Álvarez (87′). Fábio Carvalho, lançado na segunda parte, ainda empatou, mas o lance acabou por ser anulado por fora de jogo.

No fim e com uma reviravolta impressionante, o Manchester City conseguiu vencer o RB Leipzig e prolongar o registo perfeito na Liga dos Campeões — tem agora cinco vitórias em cinco jornadas, 10 golos marcados contra cinco sofridos e o primeiro lugar do Grupo G completamente garantido.