O ator Vin Diesel está a ser acusado por uma ex-assistente de agressão sexual e de criar um ambiente de trabalho hostil, de acordo com a CNN Internacional. Asta Jonasson acusa Diesel de a ter apalpado e encostado à parede de uma quarto de hotel em Atlanta, nos EUA, durante as filmagens do quinto filme da saga “Velocidade Furiosa”, em 2010.

O processo deu entrada, na quinta-feira, no Tribunal Superior de Los Angeles, no âmbito de uma lei da Califórnia aprovada na sequência do movimento #MeToo, que permite a abertura de processos de agressão sexual mesmo já depois de o caso ter prescrito.

Asta Jonasson alega que o encontro aconteceu menos de duas semanas depois de ter sido contratada para trabalhar com Diesel. O The New York Times explica que a mulher acusa o ator de a ter agarrado, apalpado e beijado à força quando a própria repetia “não”. Segundo a queixa, Diesel ter-lhe-á puxado o vestido para cima e tentado tirar a roupa interior até Jonasson gritar e correr para a casa de banho. A CNN Internacional acrescenta que, de acordo com o processo, Diesel ignorou as “declarações claras de não consentimento”.

Os jornais escrevem que, na queixa, Jonasson alega que o ator a prendeu contra a parede com o corpo, chegando mesmo a agarrar-lhe a mão que colocou “no seu pénis ereto”. Quando Jonasson se recusou a envolver-se, Diesel terá começado a masturbar-se enquanto a mantinha presa junto à parede.

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Horas depois do encontro no quarto de hotel, a então assistente recebeu um telefonema de uma responsável da empresa de produção que a contratara — a irmã de Van Diesel, Samantha Vincent — que dispensou os seus serviços.

“Durante anos, a Sr.ª Jonasson permaneceu em silêncio, (…) tinha medo de falar contra um dos atores mais bem pagos do mundo, medo de ser ostracizada da indústria que tinha um padrão de proteger homens poderosos e silenciar sobreviventes de assédio sexual e agressão”, indica a queixa. Jonasson argumenta que não falou mais cedo por recear que, se o fizesse, poderia comprometer o processo de obtenção de cidadania. Diesel, de 56 anos, ainda não se pronunciou sobre a acusação.

Além de Diesel, Jonasson está a processar a empresa do ator One Race Production, assim como a irmã deste, Samantha Vincent, de agressão sexual, de criar um ambiente de trabalho hostil, supervisão negligente e rescisão sem justa causa. A ex-assistente tenta que lhes seja imposta uma multa civil de 10 mil dólares (cerca de 9 mil euros) por cada infração.