O México e os Estados Unidos afirmaram que a visita do chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, na quarta-feira, à Cidade do México, trouxe progressos para a crise migratória.

“Chegámos a acordos importantes para benefício dos nossos povos e das nossas nações. Hoje, mais do que nunca, a política de boa vizinhança é necessária”, escreveu o Presidente mexicano, Andrés Manuel Lopez Obrador, na rede social X (antigo Twitter), sem avançar pormenores.

O governante acrescentou que as discussões abrangeram “questões de cooperação económica, segurança e migração“.

“Ficámos realmente impressionados com algumas das novas medidas que o México está a tomar e, nos últimos dias, assistimos a uma redução bastante significativa das passagens na fronteira“, disse um responsável do Governo norte-americano que seguia no avião de Blinken, na viagem de regresso a Washington, citado pela agência de notícias France-Presse.

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Os mexicanos “estavam dispostos a partilhar um plano connosco”, acrescentou o funcionário, que pediu para não ser identificado.

Nas últimas semanas, cerca de 10 mil pessoas tentaram diariamente atravessar ilegalmente a fronteira sul dos Estados Unidos, quase o dobro do número registado antes da pandemia da Covid-19.

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Acompanhado pelo secretário de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, e pela conselheira de Segurança Nacional da Casa Branca, Liz Sherwood Randall, Blinken manteve conversações de duas horas com Lopez Obrador.

Anunciada abruptamente alguns dias antes, a rara viagem de Antony Blinken ao estrangeiro durante um período de férias surgiu numa altura em que os membros republicanos do Congresso exigem um acordo sobre imigração com a administração do Presidente, Joe Biden, em troca do apoio a um novo pacote de ajuda à Ucrânia.

Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira o desbloqueio de 250 milhões de dólares (224 milhões de euros) de ajuda militar a Kiev, a última tranche disponível sem uma nova votação no Congresso norte-americano.