Depois de uns anos de desenvolvimento, o que levou a Aston Martin até a trocar de motor para elevar a potência e tornar o seu superdesportivo mais competitivo (fundamental quando o objectivo é bater concorrentes como os Ferrari e Lamborghini), o Valhalla entrou na fase de testes em pista para as afinações finais, visando confirmar que o comportamento nos limites da física é o desejado, graças aos 600 kg de downforce que o splitter frontal e a asa activa traseira conseguem gerar a 240 km/h.
É uma grande responsabilidade surgir no mercado como o “irmão” mais acessível e (ligeiramente) menos possante do que o Aston Martin Valkyrie, o hiperdesportivo projectado por Adrian Newey, o mago da aerodinâmica que concebe os F1 da Red Bull que já conquistaram seis títulos de Campeões do Mundo de marcas e sete para pilotos. Mas se o Valkyrie tem de enfrentar hipercarros como o Bugatti Chiron ou o Mercedes-AMG One, o Valhalla tem pela frente os Ferrari, Lamborghini e McLaren, concorrentes de peso.
Valhalla com 1012 cv está quase pronto com uma ajuda da equipa de F1
Concebido como um híbrido, o Valhalla monta um 4.0 V8 biturbo com 812 cv de origem Mercedes, que os ingleses “vitaminam” com a adopção de dois motores eléctricos que somam 200 cv, montando um no eixo dianteiro para assegurar tracção integral e o segundo colocado entre o V8 e a caixa de velocidades, elevando a potência total para uns muito respeitáveis 1012 cv. Estes motores eléctricos são alimentados por uma bateria que garante uma autonomia em modo zero emissões de 15 km e uma velocidade máxima de 130 km/h.
Com um chassi leve, por ser integralmente construído em fibra de carbono, o Valhalla é capaz de atingir 350 km/h, depois de passar pelos 100 km/h ao fim de apenas 2,5 segundos. O superdesportivo da Aston Martin alinha assim pelo melhor dos Ferrari, o SF90 Stradale, que reivindica 320 km/h e 2,3 segundos de 0-100 km/h.
O construtor ainda não divulgou oficialmente o preço do Valhalla, mas as 999 unidades que serão produzidas e entregues a partir de 2024 não deverão andar longe dos 800.000€ (cada).