A representante especial da ONU sobre violência sexual em conflitos visita este mês Israel e Cisjordânia, para “recolher informações” sobre as acusações de violações por parte do movimento islamita palestiniano Hamas, durante os ataques de 07 de outubro.

Pramila Patten irá “liderar uma missão a Israel e à Cisjordânia no final do mês (…) para recolher informações sobre as acusações de violência sexual cometidas no contexto dos ataques de 7 de outubro e as suas consequências”, revelou, esta quarta-feira, o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, acrescentando que esta não será uma investigação propriamente dita.

A responsável, que estará acompanhada por peritos forenses e especialistas na realização de entrevistas deste tipo, irá reunir com “sobreviventes, testemunhas e outras pessoas afetadas pela violência sexual”, bem como com “reféns e reclusos recentemente libertados”. “[Patten] Irá relatar o que viu e ouviu, como parte do seu mandato para combater o uso atroz e crescente da violência sexual em combate, e para dar voz à ONU ao que aconteceu a 07 de outubro e depois”, acrescentou.

As Nações Unidas têm sido criticadas por reagirem demasiado lentamente às violações e à violência sexual que Israel acusa o Hamas de cometer, durante o ataque sem precedentes em território israelita que gerou um conflito em Gaza.

Este ataque, o mais mortal contra civis em solo israelita desde a fundação do Estado judeu em 1948, causou cerca de 1.140 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da agência France-Presse (AFP) baseada no número de vítimas israelitas.

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