Para deter os direitos exclusivos de transmissão do programa norte-americano de wrestling Raw e de outros da World Wrestling Entertainment (WWE), a Netflix vai pagar cinco mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros) ao longo dos próximos dez anos. Os números do acordo foram divulgados à Bloomberg por fontes próximas do negócio. Um porta-voz da plataforma de streaming recusou-se a comentar os termos daquele que é o primeiro grande investimento a longo prazo da empresa na transmissão de eventos ao vivo. O compromisso é para transmitir três horas de luta livre em direto semanalmente.

Em comunicado, a Netflix indica que o programa Raw será, a partir de janeiro de 2025 e após o término do atual contrato que a WWE tem com a Comcast, transmitido em direto nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e América Latina, além de outros mercados internacionais que serão adicionados “ao longo do tempo”.

A plataforma de streaming também passará, como parte do acordo, a ser a “casa de todos os programas e especiais da WWE fora dos Estados Unidos”, incluindo o Smackdown e o NXT, bem como a WrestleMania, o SummerSlam e o Royal Rumble. “Os documentários premiados da WWE, as séries originais e projetos futuros também estarão disponíveis na Netflix internacionalmente a partir de 2025.”

Com 1.600 episódios até à data, a Netflix descreve o Raw como o “programa mais emblemático do entretenimento desportivo” que, desde a estreia, em 1993, “tem proporcionado ação, drama envolvente e um inigualável atletismo — 52 semanas por ano”, tendo ajudado a lançar carreiras de nomes como Dwayne “The Rock” Johnson e John Cena. O acordo com a plataforma de streaming marca “uma grande mudança”, uma vez que o programa deixará a televisão ‘tradicional’ pela primeira vez em 31 anos.

De acordo com a Reuters, a Netflix pode prolongar o acordo por mais 10 anos ou optar por cancelá-lo após os cinco anos iniciais. A agência noticiosa recorda ainda que a empresa estreou-se na transmissão de eventos ao vivo no ano passado, com o documentário do comediante Chris Rock, Selective Outrage.

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