A Câmara Municipal de Lisboa decidiu travar a manifestação “contra a islamização da Europa”, marcada pelo grupo de extrema-direita 1143 para o próximo sábado, no Martim Moniz, os promotores do protesto avançaram para tribunal, garantiram que vão manter a concentração — autorizada ou não — e a PSP revela agora que está, em conjunto com a autarquia, “a planear uma operação policial que possa ser adaptada aos diferentes cenários possíveis”.

Em comunicado, a PSP sublinha que está a ser montado um dispositivo policial, apesar de não existir ainda decisão do Tribunal Administrativo — que deverá ser conhecida esta sexta-feira de manhã. Se o juiz determinar que a manifestação deverá realizar-se, o local mantém-se. No entanto, se continuar a proibição da realização desta manifestação, Mário Machado, um dos rostos deste grupo de extrema-direita e responsável pela intimação no Tribunal Administrativo de Lisboa, já garantiu que vão sair à rua, mas não revelou o local escolhido.

Apesar de ainda não existir decisão, avança o Expresso, a PSP prepara-se para não permitir a entrada nas ruas do Martim Moniz e da Mouraria onde vivem mais imigrantes — um dos exemplos dados é a rua do Benformoso.

Câmara Municipal de Lisboa trava manifestação extremista anti-islamismo marcada para 3 de fevereiro

A PSP diz ainda que vai continuar “a recolher informação e a acompanhar os desenvolvimentos referentes à iniciativa agendada para dia 3 de fevereiro, nomeadamente através de fontes abertas”, sobretudo redes sociais, plataformas utilizadas pelo grupo 1143 para divulgar informações sobre a manifestação.

O parecer da PSP, conhecido na semana passada, dava conta de “um elevado risco de perturbação grave e efetiva da ordem e da tranquilidade pública”, caso esta manifestação fosse autorizada e, como consequência, a Câmara Municipal de Lisboa decidiu então não dar luz verde.

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