793kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Dois amarelos, um remate, um golo anulado e muita água: os 27 minutos de um Santa Clara-FC Porto que na verdade nunca existiu

Sérgio Conceição apostou no mesmo onze pelo terceiro jogo seguido mas esteve mais tempo a pedir para encontro ser interrompido do que a dar indicações em 27': chuva tornou relvado impraticável (0-0).

Sérgio Conceição voltou a apostar no mesmo onze frente ao Santa Clara e, sendo um jogo da Taça de Portugal, até Diogo Costa entrou de início
i

Sérgio Conceição voltou a apostar no mesmo onze frente ao Santa Clara e, sendo um jogo da Taça de Portugal, até Diogo Costa entrou de início

D.R. Twitter FC Porto

Sérgio Conceição voltou a apostar no mesmo onze frente ao Santa Clara e, sendo um jogo da Taça de Portugal, até Diogo Costa entrou de início

D.R. Twitter FC Porto

O momento era o melhor da temporada a nível de resultados, igualando a série de quatro triunfos seguidos que existia como referência máxima em 2023/24, um sem número de circunstâncias acabou por travar essa fase com um nulo frente ao Rio Ave. Entre golos anulados, oportunidades falhadas e pedidos de penáltis (um foi mesmo assinalado mas depois revertido), o FC Porto acabou o encontro com 24 remates e 71% de posse, bateu o recorde de cantos numa só partida pelo menos da última década (23), superou também o máximo de ações na área adversária que pertencia ao Benfica (73) mas não conseguiu desfazer o empate, ficando assim a seis pontos do Benfica e a quatro do Sporting à condição, pelo jogo em atraso dos leões. O passado recente mostrou que nem sete pontos a favor nem sete pontos contra são definitivos para os dragões mas o atraso vai-se adensando. Ainda assim, e onde alguns podiam ver crise, Sérgio Conceição vê oportunidades.

Santa Clara-FC Porto foi interrompido e equipas procuram agora nova data

“Dentro deste cenário, não há nada a fazer, é olhar para a frente. Temos de trabalhar mais no que podemos controlar, sermos mais competentes esperando que naquilo que não controlamos, as pessoas sejam mais competentes também. Se juntarmos isto fazemos uma segunda volta acima de média. E depois, em maio, as contas vão-se fazer”, voltou a referir na antecâmara da viagem aos Açores, fazendo um prolongamento do que tinha referido após a igualdade com o conjunto de Vila do Conde: até por estar na melhor fase da época, com um onze base que tem outra solidez e conseguiu encontrar soluções para os problemas não tendo Taremi entre as opções, não desiste. Nem do Campeonato, nem de qualquer competição. E era na Taça de Portugal que procurava essa redenção rápida ao percalço na Liga, tendo pela frente o líder da Segunda Liga.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Vai ser um jogo difícil por tudo o que é a equipa do Santa Clara, pelo bom campeonato que estão a fazer, pela boa solidez defensiva mas também pela equipa experiente que considero que, se estivesse na Primeira Liga, estaria do meio da tabela para cima. Vi o último jogo do Santa Clara em casa num relvado em muito mau estado, não sei se a Federação está ao corrente. Não sei em que condições vamos jogar, mas isso poderá dificultar a vida das equipas. Espero que o jogo possa decorrer de forma normal porque já são muitas as dificuldades. Poder-se-á tornar um jogo onde o futebol praticado pode não ser suficiente, daí a minha preocupação. Estamos num bom momento, o último jogo não veio quebrar nada, veio sim mostrar que a equipa está bem”, apontou antes do encontro frente aos insulares, reportando de novo ao “conteúdo” do jogo que viu nos azuis e brancos frente ao Rio Ave e que lhe dava garantias de que nada tinha sido travado.

O contexto, esse, não poderia ser mais agitado no clube. “Operação Pretoriano” à parte, com a curiosidade de as medidas de coação terem hora prevista de divulgação a coincidir com o início da partida em São Miguel, houve a apresentação da recandidatura de Pinto da Costa que mostrou como a batalha eleitoral com Villas-Boas será dura, mais um comunicado do Conselho de Administração a garantir que o resultado do primeiro semestre vai ser “francamente positivo” (ainda que baixando um pouco a fasquia erguida por Pinto da Costa a nível de capitais próprios) e uma rara entrevista de Luís Gonçalves, diretor geral e administrador da SAD, a criticar de forma exaustiva todos os erros contra os dragões e a favor dos rivais Benfica e Sporting. Por tudo isso, sendo sempre importantes, os resultados desportivos do futebol ganharam um redobrado peso nos azuis e brancos. Sérgio Conceição sabia disso, todos tinham a noção disso. E não havia margem de erro.

Quase como um voto de confiança, o técnico repetiu pela primeira vez esta temporada o mesmo onze em três jogos consecutivos. Cedo percebeu que aqueles ou outros era quase a mesma coisa perante as condições de um relvado que não aguentava tanta água que tinha caído e continuava a cair. Ainda se tentou jogar na base do futebol de praia com água em vez de areia, com os jogadores a tentarem jogar por cima tendo em conta as inúmeras ocasiões em que a bola travava nas poças, mas não dava mesmo para continuar e o estranho foi mesmo haver encontro durante 27 minutos. De forma inevitável, o encontro foi interrompido e meia hora depois suspenso, tendo em conta que não havia tréguas em termos de chuva para retomar a partida.

Ficha de jogo

Mostrar Esconder

Santa Clara-FC Porto, 0-0 aos 27′

Quartos de final da Taça de Portugal

Estádio de São Miguel, em Ponta Delgada (Açores)

Árbitro: Gustavo Correia (AF Porto)

Santa Clara: Marcos Díaz; Sidney Lima, Luís Rocha, Pedro Pacheco; Lucas Soares, Klismahn, Pedro Ferreira, Paulo Henrique; Bruno Almeida, Vinícius Lopes e Rafael Martins

Suplentes do Santa Clara: Gabriel Batista, Rafael Santos, Ageu, Sema Velázquez, Ricardinho, Andrezinho, Yannick Semedo, Safira, MT

Treinador: Vasco Matos

FC Porto: Diogo Costa; João Mário, Fábio Cardoso, Pepe, Wendell; Nico González, Alan Varela; Francisco Conceição, Pepê, Galeno e Evanilson

Suplentes do FC Porto: Cláudio Ramos, Eustáquio, Grujic, Iván Jaime, Danny Namaso, André Franco, Toni Martínez, Otávio e Gonçalo Borges

Treinador: Sérgio Conceição

Ação disciplinar: cartão amarelo a Pepe (8′) e Vinícius Lopes (21′)

Os minutos iniciais mostraram que aquilo que poderia ser um encontro muito interessante pelo trajeto e atual momento das duas equipas seria de forma inevitável um confronto de adaptação às más circunstâncias, tamanha era a quantidade de água em algumas zonas do relvado que prendia muitas vezes a bola. Evanilson saiu da zona de marcação para combinar com Pepê, a jogada estava a ser bem pensada, a bola ficou presa numa poça. Rafael Martins procurou a profundidade nas costas de Pepe, o passe saiu bem dirigido, a bola ficou presa numa poça. Francisco Conceição conseguiu uma boa recuperação junto da linha no lado direito, atrasou para Pepe, Vinícius aproveitou a bola presa numa poça e o central portista acabou com o primeiro amarelo do encontro (8′). Por mais que se quisesse jogar, a chuva e o estado do relvado continuavam a ser um obstáculo intransponível não para brilhar mas para essa coisa de criar um lance de perigo…

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do Santa Clara-FC Porto em vídeo]

O banco do FC Porto começava a dar sinais de impaciência perante o agravar de condições mas surgiam as primeiras incidências do encontro: após um lançamento lateral curto de Galeno para Wendell, o cruzamento do brasileiro saiu bem ao primeiro poste mas Evanilson falhou por pouco o desvio (16′); mais tarde, depois de um passe longo de Pedro Ferreira para as costas da defesa dos azuis e brancos, Vinícius Lopes aproveitou o efeito que a bola fez numa poça para rematar para a baliza de Diogo Costa mas o lance foi invalidado por fora de jogo (19′); pouco depois, Evanilson surgiu em boa posição na área após passe de Nico González mas o remate saiu ao lado (22′). No entanto, percebia-se que era cada vez mais difícil jogar. Aos 27′, na sequência de mais uma bola no ataque do Santa Clara descaída sobre o lado direito que promoveu a festa da água por todos os sítios, Gustavo Correia parou o encontro, fez testes e decidiu interromper a partida. Meia hora depois, tudo continuava na mesma. De forma inevitável, esta quarta-feira não havia mais jogo…

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos