Em Janeiro de 2024, as vendas de veículos na China caíram 22,7% face a Dezembro do ano anterior, no que constituiu a primeira redução de vendas desde Agosto. Depois de comprar 3,15 milhões de veículos no último mês de 2023, os consumidores chineses não adquiriram mais de 2,44 milhões de unidades no arranque do novo ano, o que confirma os problemas na economia chinesa e é uma má notícia para os muitos construtores locais e para o crescente número de marcas estrangeiras que investem fortemente no país.



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Os analistas prevêem que os próximos meses não deverão assistir a um revigorante incremento das vendas na China, onde até os modelos 100% eléctricos tropeçaram em Janeiro, atraindo menos 37% de compradores do que em Dezembro. Mas se juntarmos aos veículos alimentados exclusivamente por bateria os híbridos plug-in, os modelos alimentados a hidrogénio e outros tipos de combustíveis, verifica-se que as energias alternativas não só representaram 29,9% do total das vendas do primeiro mês de 2024, como aumentaram 78,8% face a Janeiro de 2023.

O secretário-geral da Associação Chinesa de Veículos de Passageiros, Cui Dongshu, chamou a atenção para o facto de os veículos eléctricos se terem transformado num óbice ao crescimento do mercado, certamente devido ao seu preço mais elevado. Contudo, Dongshu acredita que a guerra de preços vai continuar em 2024, permitindo tornar mais acessível este tipo de veículos e, logo, com possibilidade de chegar a um maior número de clientes.

A redução na procura interna por veículos eléctricos tem levado os construtores chineses a apontar armas aos mercados de exportação, não só para escoar o que não conseguem vender na China, como para colocar o crescente volume de produção. No entanto, as medidas já criadas pelo legislador norte-americano e em vias de serem implementadas pelo europeu podem colocar alguns entraves a esta tábua de salvação, tanto mais que não são acompanhadas pelo investimento em fábricas nestes mercados (excepção feita para a BYD), ao contrário que é obrigatório para as marcas ocidentais que pretendem vender na China.

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