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Daniel, um príncipe de Bragança que ofereceu o Pote de ouro (a crónica do Sporting-Farense)

Os leões tiveram dois golos de vantagem, concederam o empate, mas conseguiram vencer o Farense e subir à liderança provisória da Liga. Daniel Bragança, titular e capitão, marcou e foi decisivo (3-2).

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O médio português surgiu no onze inicial no lugar do habitualmente titular Morita

Getty Images

O médio português surgiu no onze inicial no lugar do habitualmente titular Morita

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Depois de um dérbi jogado dentro de campo, o Sporting jogava um Clássico sentado no sofá. Pelo meio, tinha o próprio desafio. Numa tarde de domingo cinzenta e com a chuva sempre à espreita, os leões procuravam um lugar ao sol contra o Farense e antes de o FC Porto receber o Benfica — ou seja, queriam garantir os três pontos e esperar por uma escorregadela dos encarnados no Dragão para assumir a liderança isolada do Campeonato.

A equipa de Rúben Amorim surgia em Alvalade depois da vitória contra o Benfica, na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal e num jogo algo agridoce onde a exibição poderia ter dado goleada, a instabilidade da segunda parte poderia ter dado empate e a superioridade acabou por dar triunfo. Acima de tudo, a equipa de Rúben Amorim surgia em Alvalade apenas uma semana depois do empate em Vila do Conde com o Rio Ave, ou seja, sem grande margem de erro para voltar a perder pontos.

Ficha de jogo

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Sporting-Farense, 3-2

24.ª jornada da Primeira Liga

Estádio José Alvalade, em Lisboa

Árbitro: Cláudio Pereira (AF Aveiro)

Sporting: Franco Israel, Jeremiah St. Juste (Coates, 69′), Diomande, Matheus Reis (Eduardo Quaresma, 55′), Ricardo Esgaio, Hjulmand (Morita, 55′), Daniel Bragança, Nuno Santos, Marcus Edwards (Paulinho, 78′), Gyökeres, Pedro Gonçalves (Trincão, 55′)

Suplentes não utilizados: Diogo Pinto, Geny Catamo, Iván Fresneda, Koba Koindredi

Treinador: Rúben Amorim

Farense: Ricardo Velho, Pastor, Zach Muscat (Cristian Ponde, 84′), Gonçalo Silva, Talys, Facundo Cáseres, Fabrício Isidoro (Vítor Gonçalves, 64′), Cláudio Falcão, Elves Baldé (Marco Matias, 52′), Zé Luís (Jhon Velásquez, 84′), Belloumi (Rafael Barbosa, 84′)

Suplentes não utilizados: Miguel Carvalho, Fran Delgado, Igor Rossi, André Seruca

Treinador: José Mota

Golos: Daniel Bragança (11′), Gyökeres (29′), Belloumi (32′), Zé Luís (50′), Pedro Gonçalves (53′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Fabrício Isidoro (22′), a Zach Muscat (40′), a Zé Luís (45+1′), a Jeremiah St. Juste (48′)

“Queremos é ganhar o nosso jogo, para depois irmos todos jantar descansadinhos a pensar no que pode acontecer. Nós já não contamos, na nossa cabeça, com o jogo de Famalicão. Mas a verdade é que só precisamos de ganhar os nossos jogos, isso é muito claro. Há jogos com as equipas que estão à frente no Campeonato e pensamos é em ganhar o próximo jogo. Estamos numa sequência muito difícil e só pensamos em assinar a nossa vitória. Mas vai ser difícil. O que tiver de acontecer, vai acontecer. O foco está apenas no nosso jogo”, explicou o treinador leonino na antevisão da partida.

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Neste contexto, ainda sem Gonçalo Inácio e também sem Adán, que se lesionou ao longo da semana, Amorim poupava Coates e Morita e lançava St. Juste e Daniel Bragança no onze inicial, com Ricardo Esgaio a assumir o corredor direito em detrimento de Geny Catamo e Nuno Santos a aparecer no lado contrário. Trincão já era opção, mas começava no banco, e Edwards mantinha a titularidade. Do outro lado, num Farense que vinha de cinco jogos consecutivos sem ganhar, José Mota não contava com o castigado Mattheus Oliveira e colocava Zé Luís, Belloumi e Baldé no ataque.

O Sporting começou melhor, a controlar praticamente todas as ocorrências do jogo desde o apito inicial e a empurrar o Farense para o próprio meio-campo, com Nuno Santos (4′) e Pedro Gonçalves (9′) a terem desde logo remates perigosos à entrada da grande área. Ainda dentro do primeiro quarto de hora, surgiu o primeiro golo do jogo: lance pela direita, Edwards cruzou e a defesa do Farense aliviou pela metade, com Daniel Bragança a surgir e a atirar de primeira para bater Ricardo Velho (11′).

A superioridade leonina manteve-se e St. Juste ficou perto de marcar em duas ocasiões, com um cabeceamento ao poste (24′) e outro ao lado (26′), sendo que Fabrício Isidoro ainda acertou na trave da própria baliza pelo meio para evitar que Gyökeres ensaiasse uma finalização (24′). Belloumi era o grande inconformado dos algarvios, obrigando Franco Israel à primeira defesa no jogo com um pontapé de fora de área (28′), mas o que já aparecia inevitável acabou por aparecer ainda antes da meia-hora.

Nuno Santos abriu em Pedro Gonçalves na esquerda e o avançado português cruzou para o primeiro poste, onde Gyökeres surgiu a desviar de primeira para aumentar a vantagem do Sporting e voltar a igualar Simon Banza como melhor marcador do Campeonato (29′). A euforia dos leões, porém, durou muito pouco: já depois de Cláudio Falcão ameaçar com um remate forte que passou ao lado (32′), Belloumi viu Zé Luís amortecer uma bola à entrada da grande área e atirou em jeito e de forma indefensável para reduzir a desvantagem (33′).

O Sporting ainda teve várias oportunidades para voltar a marcar logo depois do golo de Belloumi, com remates cruzados de Nuno Santos (34′), Edwards (35′) e Pedro Gonçalves (36′), mas o resultado não voltou a alterar-se até ao fim da primeira parte. Ao intervalo, os leões estavam a vencer o Farense e tinham voltado a realizar uma meia-hora de alto nível, caindo em ritmo e intensidade a partir daí e permitindo uma reação louvável aos algarvios.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Sporting-Farense:]

O arranque da segunda parte foi absolutamente frenético, com dois golos em três minutos e uma competitividade que não permitia grande espaço para respirar. O Farense entrou bem, com Zé Luís a acertar na trave (48′) e Elves Baldé a obrigar Israel a uma grande defesa depois de um livre direto (50′), e acabou mesmo por chegar ao empate através de um cabeceamento do mesmo Zé Luís após canto na direita (50′). José Mota reagiu à igualdade de imediato, trocando Baldé por Marco Matias, mas o Sporting demorou poucos instantes a recuperar a vantagem.

Num belo desenho ofensivo da equipa de Rúben Amorim, Bragança abriu em Edwards na direita e o inglês descobriu Esgaio, que se desmarcou e conduziu até à linha de fundo para cruzar para a área, onde Pedro Gonçalves apareceu a desviar para a baliza deserta (53′). Logo depois, o treinador leonino fez três substituições de uma vez e trocou Matheus Reis, Hjulmand e Pedro Gonçalves por Eduardo Quaresma, Morita e Trincão.

O jogo quebrou depois do terceiro golo do Sporting, com o Farense a sentir animicamente o golpe da perda do empate e os leões a conseguirem controlar a partida num plano global, ainda que sem grande acutilância. Daniel Bragança ficou perto de bisar com um remate ao lado (63′), Trincão ainda testou Ricardo Velho na sequência de mais um cruzamento de Esgaio na direita (74′) e Amorim ainda lançou Coates e Paulinho enquanto a equipa geria a posse de bola e a natural superioridade sem grandes solavancos ou sobressaltos.

No fim, o Sporting venceu o Farense em Alvalade e somou a segunda vitória consecutiva no Campeonato, subindo à condição à liderança isolada com mais um ponto e menos um jogo do que o Benfica, que ainda vai defrontar o FC Porto no Dragão este domingo. Num dia em que até foi capitão face à ausência de Coates do onze inicial, Daniel Bragança marcou, jogou e fez jogar, tornando-se o príncipe em que Rúben Amorim apostou para descobrir a melhor versão de Pedro Gonçalves.

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