Um vulcão, que entrou em erupção no Sudoeste da Islândia, na noite de sábado, pela quarta vez em três meses, obrigando à retirada de cerca de 700 pessoas de uma das principais atrações turísticas do país, continua a expelir fumo e lava cor-de-laranja esta segunda-feira, reporta a agência Reuters.

Grindavik, uma cidade piscatória próxima, está, por enquanto, segura, segundo as autoridades, mas a lava resultante da erupção vulcânica atingiu as muralhas de defesa concebidas para impedir a propagação da lava em direção a uma lagoa e a uma central elétrica, avança a Euronews.

Até à data, a fortificação tinha conseguido reter a rocha derretida. A Lagoa Azul, uma das atrações turísticas mais populares da Islândia, também foi evacuada. O sul da Islândia está em estado de emergência.

Este domingo, os cientistas disseram que os fluxos pareciam estar a abrandar, mas ainda representavam um perigo para as infra-estruturas em Grindavik e arredores. Esta segunda-feira, a torrente de lava ameaça a principal conduta de água da região, que se encontra a apenas 200 metros de distância, informou o Icelandic Met Office (IMO). A conduta de água fica perto da central elétrica de Svartsengi, uma central geotérmica que fornece água quente à maior parte da península, e que também foi evacuada. O diretor da IMO alertou para as consequências “perigosas” da possível chegada da lava ao mar se esta fluir para sul.

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Nova erupção vulcânica na península de Reykjanes está a perder força e poderá desaparecer dentro de poucas horas

Os fluxos de lava continuam a um ritmo constante esta segunda-feira e é demasiado cedo para prever quando vai acabar, disse Magnus Tumi Gudmundsson, professor de geofísica na Universidade da Islândia, à RÚV, a estação de televisão pública do país.

O Gabinete Meteorológico da Islândia (Vedur em islandês) registou cerca de 80 sismos antes do início da erupção, que abriu uma fissura na terra com cerca de três quilómetros de comprimento entre as montanhas Stóra-Skógfell e Hagafell.

A erupção foi a sétima na península de Reykjanes, perto da capital da Islândia, Reiquiavique, desde 2021, quando os sistemas geológicos que tinham estado adormecidos durante cerca de 800 anos voltaram a ficar ativos.