Os meses passam, a lógica mantém-se. Com a goleada desta quinta-feira contra a Suécia, Roberto Martínez fez o 11.º jogo enquanto selecionador nacional e somou a 11.ª vitória, prolongando o registo perfeito que tinha alcançado durante a qualificação para o Euro 2024. Com o treinador espanhol, Portugal tem agora 41 golos marcados e apenas quatro sofridos, sendo que concedeu em duas partidas, e chegou aos triunfos seguidos pela primeira vez em quatro anos.

Bruno e a importância de ser o mais novo dos velhos e o mais velho dos novos (a crónica do Portugal-Suécia)

Com oito jogadores dispensados e reservados para a partida de terça-feira com a Eslovénia, Roberto Martínez não inventou no onze inicial e só começou a mexer no início da segunda parte — promovendo ainda a estreia absoluta de Jota Silva, que até ficou perto de marcar, e adiando as de Diogo Leite, Francisco Conceição ou Dany Mota. Num ponto de vista mais individual, Bruno Fernandes chegou aos 20 golos pela Seleção e entrou num lote restrito onde também estão Pauleta, Rui Costa, Figo, Eusébio e o óbvio Cristiano Ronaldo.

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Depois do jogo, o selecionador nacional reconheceu que a vitória foi “importante”. “Trabalhámos conceitos defensivos, gostei muito das novas ligações, o espírito foi muito bom. O compromisso foi muito bom. Mas há outros conceitos que precisamos de trabalhar e melhorar. Foi muito bom jogar contra uma equipa com um talento deste nível. Foi um bom exercício e agora precisamos de trabalhar outros conceitos contra a Eslovénia”, começou por dizer Roberto Martínez em declarações à RTP.

“Temos muita velocidade e podemos utilizar isso melhor. Não o utilizámos para penetrar na pressão, mas temos a qualidade e o tempo para trabalhar nisso. Gosto de equipas que gostam de pressionar alto porque o espaço para nós… Vimos isso hoje, o Leão teve muitas oportunidades para entrar no espaço. É bom para o nosso percurso ter equipas com ideias de arriscar”, acrescentou o espanhol, que não quis adiantar quem será agora dispensado do segundo jogo, mas garantiu que “está tudo tratado”.

Já Nélson Semedo, que foi titular e assinou uma assistência, defendeu que foi “um grande jogo” da Seleção Nacional. “Conseguimos marcar cinco golos, mas há coisas a melhorar porque sofremos dois. Temos coisas a melhorar no domínio, controlar mais a bola e o jogo”, disse o lateral do Wolverhampton, abordando depois a possibilidade de ser convocado para o Euro 2024.

“Estou confiante, as coisas têm corrido bem no clube. Temos dois meses e vou dar tudo para ter um lugar na lista final. Temos um vasto grupo de jogadores, com grande qualidade. Qualquer coisa que o mister decidir, pode contar comigo”, terminou. Para além da goleada, Portugal também ficou esta quinta-feira a saber que já não irá enfrentar Luxemburgo ou Cazaquistão no Grupo F do Campeonato da Europa, já que Geórgia e Grécia seguiram em frente e vão disputar a última vaga junto aos portugueses, à Turquia e à República Checa.