Brians 2, em Barcelona, continua a ser falada esta segunda-feira pelos protestos dos funcionários prisionais que continuam a ser feitos em vários estabelecimentos na sequência do homicídio de uma cozinheira de uma cadeia em Tarragona por um recluso esta quarta-feira. No entanto, e esta manhã, o batalhão de jornalistas que se concentrou à porta da entrada principal tem como principal objetivo seguir outro assunto que está a marcar a atualidade na Catalunha: 14 meses depois, Dani Alves saiu da prisão em liberdade condicional.

Depois da decisão conhecida na passada quarta-feira, que permitiu que o jogador brasileiro aguarde agora o recurso à condenação de quatro anos e meio por agressão sexual, soube-se que a família Neymar recusou dar mais ajudas financeiras ao defesa mas, agora, o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha confirmou que o sul-americano conseguiu depositar a caução de um milhão de euros, podendo assim sair da prisão.

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O recurso teve sucesso: Justiça espanhola concede liberdade condicional a Dani Alves (mediante o pagamento de um milhão de euros)

Além do pagamento da verba, que a imprensa espanhola continua sem perceber de onde possa ter surgido depois das dificuldades financeiras alegadas pelo jogador durante o julgamento, Dani Alves terá de entregar os dois passaportes (um espanhol, outro brasileiro) e fará apresentações periódicas pelo menos uma vez por semana, a não ser que as autoridades exijam mais comparências do que as estipuladas. Em paralelo, não poderá aproximar-se num raio de 1.000 metros da residência, do trabalho e dos locais frequentados pela vítima, estando também proibido de fazer qualquer tipo de contacto com a mesma nesse período.

Dani Alves, internacional brasileiro e antigo jogador do Barcelona, condenado a quatro anos e seis meses de prisão por agressão sexual

“Ela é revitimizada sempre que sai alguma notícia e se ele for libertado, essa revitimização não vai ter fim. Ela é muito forte. Creio que se fosse outra pessoa não teria resistido a tudo isso. A única diferença é que entre os pedidos que foram negados e o que foi aceite, ele foi condenado. O risco de fuga persiste. Isto é inexplicável em termos legais. A sensação que fica é que a justiça tem um preço. A sentença já era injusta, uma vez que nunca vi uma pena tão baixa para uma violação. Estamos a lutar contra o poder. A vítima disse-me ‘Sinto que voltaram a violar-me. Estou cansada de ser forte, já não quero ser forte'”, tinha referido no final da semana passada Ester García López, advogada da mulher que foi agredida sexualmente por Dani Alves.