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Israel decidiu fazer mudanças estratégicas durante a noite deste domingo e mandou retirar parte das tropas que estavam na zona sul da Faixa de Gaza, deixando apenas uma brigada naquele território. Esta decisão surge, aliás, depois de as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) ter atacado Khan Younis durante os últimos quatro meses.

A única brigada que as IDF deixaram no terreno tem como missão proteger o corredor Netzarim, que atravessa a área de Be’eri, a sul de Israel, e vai até à costa da Faixa de Gaza. É através deste corredor que pode entrar ajuda humanitária no território palestiniano, mas é também por esta via que as tropas israelitas conseguem fazer ataques no norte e no centro de Gaza e controla a passagem dos palestinianos para a cidade de Gaza.

Israel anuncia retirada das tropas do sul de Gaza, deixando apenas uma brigada

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Neste momento, existem duas hipóteses para a retirada da maioria das tropas a sul de Gaza. Segundo a Aljazeera, Israel poderá estar a redefinir a sua estratégia, redistribuindo os militares, para dar início a uma ofensiva terrestre em Rafah e permitir que as pessoas que estão naquela zona possam deslocar-se para norte.

Permitir que as pessoas consigam sair de Rafah é, aliás, uma das exigências que têm sido feitas pelo Hamas nos últimos tempos. Além disso, milhares de palestinianos que estão em Rafah são já deslocados que foram obrigados a sair do norte de Gaza. Ao saírem, regressarão às suas casas, que estarão provavelmente destruídas.

Esta mudança acontece também numa altura em que recomeçam as negociações para um cessar-fogo e, por isso, retirar as tropas pode ser também um sinal de pressão para chegar a um acordo com o Hamas, para que sejam libertados os reféns israelitas, considera também a Aljazeera.

As delegações do Hamas e de Israel deverão recomeçar este domingo a negociar um acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e querem garantir que têm todas as hipóteses em aberto. “Faremos o máximo para garantir que mantemos a máxima pressão militar contra o Hamas e mantemos todos os canais diplomáticos abertos”, explicou Avi Hyman, prota-voz do governo israelita, citado pela Sky News. Ou seja, Israel quer avançar na ofensiva em Rafah e manter os canais de diálogos ao mesmo tempo. “Se não conseguirmos seguir em frente em Rafah, perdemos a guerra”, acrescentou o porta-voz israelita.