O líder do PS escreveu uma carta ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, a mostrar disponibilidade para “construir” até julho o acordo que propôs para a valorização das carreiras e dos salários dos “trabalhadores da Administração Pública, em especial dos profissionais de saúde (de todos, não apenas dos médicos), das forças de segurança, dos oficiais de justiça e dos professores”.

Na carta, à qual o Observador teve acesso, Pedro Nuno Santos disponibiliza-se para “trabalhar em conjunto com o Governo com o objetivo de construir um acordo que permita encontrar soluções, se necessário em sede de orçamento retificativo, para um conjunto de matérias sobre as quais existe um amplo consenso político e partidário, manifestado durante a campanha eleitoral para as últimas eleições legislativas”.

Fala especificamente nas carreiras já referidas, referindo que o PS está disponível “para apoiar a recuperação da totalidade do tempo de serviço dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário, bem como uma revisão da carreira docente que permita reduzir o hiato entre os índices remuneratórios do início e do fim da carreira, de forma a torná-la mais atrativa”.

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Mas Pedro Nuno quer “uma negociação prévia com as organizações representativas dos trabalhadores”. E acaba a carta que enviou a Montenegro a dizer estar “certo de que será possível trabalhar no sentido de construir esse acordo num prazo de sessenta dias, por forma a resolver a situação destes profissionais da Administração Pública ainda antes do fim do período de funcionamento da Assembleia da República, em julho deste ano”.

Entretanto, já depois de publicada esta notícia, Luís Montenegro confirmou ter recebido a carta do secretário-geral do PS, acrescentando que dará, “naturalmente, resposta”. “A carta foi recebida e terá, naturalmente, resposta”, disse à Lusa fonte do gabinete de Luís Montenegro.

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