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Duas rainhas da moda e uma despedida com arte de rua. Assim foi a visita dos reis de Espanha aos Países Baixos

Os reis de Espanha estiveram nos Países Baixos entre 16 e 18 de abril. A agenda contou com saúde mental, cultura, tecnologia, ecologia e política e também com moda e joias, graças a Letizia e Máxima.

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A visita de estado dos reis de Espanha aos Países Baixos terminou esta quinta-feira à tarde com arte de rua, escolhas de moda ao estilo das rainhas e a princesa Amália a juntar-se à despedida. Os dois dias de visita de Felipe VI e Letizia ao reino de Willem-Alexander e Máxima teve uma agenda diversificada e ficou marcada pelo companheirismo e interesses partilhados pelos soberanos das duas nações. A herdeira neerlandesa personificou um ponto de ligação entre os dois países, depois de o seu pai ter revelado que esteve a viver em Madrid durante um período do ano passado. A casa real espanhola publicou na sua conta de X um vídeo que resume esta viagem em menos de 10 minutos.

O museu STRAAT, dedicado à street art e ao graffiti, foi o cenário escolhido para encerrar a visita de estado. Felipe VI e Letizia ofereceram uma receção em honra de Willem-Alexander e Máxima, a eles juntou-se também a princesa Amália e antes inauguraram uma nova exposição “DUO”, com dez murais criados por cinco artistas espanhóis e cinco neerlandeses. Houve ainda tempo para discursos e um brinde. Durante a tarde, os dois reis visitaram o centro de testes do Centro Europeu de Investigação e Tecnologia Espacial da Agência Europeia Espacial (ESA-ESTEC), em Noordwijk.

Quanto à moda, a tarde foi rica. A rainha Letizia escolheu um vestido de uma marca neerlandesa, Benchellal, criada por um designer de origem marroquina, Mohamed Benchellal. A peça em tom azul escuro envolveu a rainha num drapeado que caía sobre o ombro como uma espécie de capa e está em grande destaque no Instagram da marca. Letizia voltou ao guarda-joias da sogra para escolher um par de brincos com diamantes e com história. As joias foram oferecidas pelo rei Hussein da Jordânia a dona Sofia quando visitou Espanha. Máxima voltou a usar uma  criação de um dos seus designers de eleição, Jan Taminiau. O vestido, que a rainha já tinha usado antes, está totalmente bordado com pailletes verdes em diferentes tamanhos, criando um efeito de ótica, e conta ainda com um vistoso laço que cai sobre o ombro esquerdo. A princesa Amália usou um vestido verde com textura acetinada sobreposto por um casaco bege e uma pequena carteira inspirada num cesto como acessório.

Letizia e Máxima aderem à tendência do cor de rosa para defender a importância da saúde mental

O segundo dia da visita oficial dos reis de Espanha aos Países Baixos começou com Letizia e Máxima nos arredores de Amesterdão para atividades dedicadas à saúde mental. Mais tarde, participariam num colóquio no Festival de Cinema Espanhol em Amesterdão. Não houve estreias de vestuário, mas uma notória preferência por cor de rosa. Os reis estiveram em Haia e têm dedicado este dia à política e à tecnologia, em diferentes encontros.

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Letizia e Máxima foram vistas a chegar ao Lab6, o espaço base da fundação Mind Us, dedica-se à saúde mental, sobretudo à prevenção dos problemas na adolescência. Foi criada há dois anos, está presente em vários bairros da capital dos Países Baixos e conta com o apoio da rainha Máxima desde o início, escreve o El Mundo. A presidente da fundação terá dito que ambas as rainhas têm muito conhecimento sobre o tema, e que o facto de cada uma ter uma irmã que se suicidou as torna especialmente focadas no assunto, acrescenta o jornal espanhol. Mais tarde, as rainhas assistiram a um colóquio sobre o filme Campeonex, na X Edição do Festival de Cinema Espanhol em Amesterdão, e que teve lugar no histórico cinema Tuschinski.

As rainhas parecem ter-se rendido ambas à tendência do cor de rosa, embora em diferentes tonalidades. Máxima optou por um casaco com bandolete over size a condizer em rosa pálido e texturado. Este casaco/vestido assinado por Claes Iversen já foi apresentando em público outras vezes. A rainha neerlandesa usou uma condecoração que lhe foi atribuída pelo Rei de Espanha e que se pode ver no pequeno laço em azul claro aplicado no ombro. Desta vez, coube a Letizia ser a mais ousada na paleta de cores. A rainha de Espanha combinou um vestido cor de laranja, que pode ser interpretado como uma homenagem ao país anfitrião, com um casaco cor de rosa, ambos da marca Carolina Herrera. Os acessórios, os sapatos e a carteira, completaram o look com um tom de rosa mais vibrante.

Os reis Felipe e Willem-Alexander dedicaram a sua manhã de quinta-feira a um fórum económico em Haia, sobre tecnologias e cibersegurança. Felipe VI tinha também agendada uma reunião com os presidentes das duas câmaras do parlamento neerlandês e com o vice-primeiro ministro do país anfitrião, que ofereceu um almoço aos dois monarcas e outros convidados. Já durante a tarde, assistiram a um encontro entre o Real Instituto Elcano, espanhol, e o Instituto de Relações Internacionais Clingendael, neerlandês, onde se discute o futuro da União Europeia. Na véspera, os dois soberanos estiveram no porto de Amesterdão, porque defendem ambos a criação de uma rota de hidrogénio verde entre os portos de Amesterdão e o de Bilbao.

Felipe e Willem-Alexander também mostraram o seu lado atlético numa visita ao complexo desportivo Ajax Betendorp da Fundação Cruyff, onde se praticam vários desportos com o objetivo de ajudar na integração de jovens com dificuldades.O complexo está localizado no bairro da capital onde nasceu o famoso jogador de futebol que dá nome à fundação.

Tiaras, vestidos azuis e a estreia da princesa Amália no jantar de gala

Um dos pontos altos da visita de estado dos reis de Espanha aos Países Baixos é o banquete desta quarta-feira à noite. Manda o dress code e a tradição destes momentos que as senhoras usem vestido comprido e abusem das joias. Quase todas usaram azul e tiaras com histórias para contar. No seu discurso o Rei Willem-Alexander revelou que a princesa Amalia esteve a viver em Espanha e este foi também o primeiro jantar de gala em que a herdeira do trono esteve como anfitriã. A rainha Letizia esteve sentada durante os cumprimentos por causa das dores que o neuroma de Morton que tem num pé lhe estavam a causar.

Letizia usou um vestido da marca espanhola The 2nd Skin Co num vistoso tom de azul cobalto com brilho. Saltavam à vista a faixa amarela a cruzar o peito e a tiara que é conhecida como “a russa”. A joia em platina, pérolas e diamantes e o design inspira-se no formato dos tradicionais acessórios de cabeça russos, os kokoshnik. A tiara foi usada pela primeira vez em 1906 pela rainha Maria Cristina, passou depois para o Rei Alfonso XIII, avô do Rei Juan Carlos, que a ofereceu como presente de casamento à futura nora, dona Maria de las Mercedes, em 1935. Passou depois pelo guarda-joias da rainha Sofia e agora é Letizia quem a tem usado.

A acompanhar a tiara, a rainha de Espanha, usou um conhecido par de brincos da família real espanhola, os brincos com diamantes encastrados, que fazem parte das “joias de passar” e que a infanta Cristina usou no dia do seu casamento. Os brincos fazem conjunto com um colar riviére que pertenceu à rainha Victoria Eugenia que os mandou fazer com grandes diamantes ao centro tirados do colar e rodeados  por diamantes mais pequenos. Letizia usou ainda a pregadeira de pérolas e diamantes que pertenceu à rainha Victoria Eugenia e que a rainha Sofia usou várias vezes.

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Os reis neerlandeses são os anfitriões do evento no Palácio Real de Amesterdão aos reis de Espanha, mas juntaram-se também a princesa Amalia, herdeira do trono, a princesa Beatriz, antiga Rainha, e a princesa Margarida, irmã desta. Tiraram todos uma fotografia de grupo e as joias também tiveram o seu protagonismo.

A rainha Máxima usou um vestido azul claro num vaporoso tecido com um efeito de pregas e assinado pelo criador neerlandês da sua confiança, Jan Taminiau. A rainha argentina tem um dos guarda-joias mais impressionantes das casas reais europeias. Para este banquete escolheu uma tiara recheada de história e diamantes, claro. A tiara Stuart conta com uma série de diamantes brancos e um considerável diamante azul pálido. A história desta joia começa em Inglaterra. Quando o Rei Carlos II morreu a coroa passou para o irmão, James II, e depois para a filha deste, Mary, que tinha casado aos 15 anos com o príncipe herdeiro dos Países Baixos, William de Orange. Mary II  e William III viriam a governar conjuntamente ambos os países durante cinco anos, de 1989 a 1694. Foi durante este reinado em dupla que compraram o diamante azul, o mandaram lapidar em forma de pera e montar numa pregadeira. Como o casal morreu sem descendência e Mary morreu primeiro, a pedra voltou para os Países Baixos para a família do marido, segundo conta a Tatler.

Depois de passar de geração em geração, o diamante foi montado numa tiara para a coroação da Rainha Wilhelmina em 1890, a bisavó do atual Rei Willem-Alexander. A Rainha Juliana que se seguiu no trono neerlandês também a terá usado bastante, porém a filha, Beatriz não usou de todo durante o seu reinado. É a atual rainha consorte, Máxima quem tem brilhado com a joia em várias ocasiões, uma delas foi numa visita de estado ao Reino Unido em 2018, momento em que o diamante voltou a casa por uns dias. O diamante azul pode ser removido da tiara.

A princesa Amalia assistiu pela primeira vez como anfitriã de um banquete de estado e recebeu também a sua primeira distinção internacional. Este jantar de gala foi sem dúvida memorável para a futura rainha dos Países Baixos, que tem 20 anos, uma vez que, nos momentos que o antecederam, foi condecorada pelo Rei de Espanha com a Grande Cruz da Ordem de Isabel a Católica. Durante os discurso dos soberanos já com todos os convidados sentados à mesa, o Rei Willem-Alexander revelou que a sua filha mais velha viveu em Espanha durante um período do ano passado, depois de ter sido ameaçada pela máfia, o que lhe terá permitido continuar a estudar à distância na faculdade de Amesterdão a partir de Madrid. O soberano e pai aproveitou para agradecer publicamente aos reis de Espanha. “Foi uma demonstração de amizade e num momento de dificuldade. Agradeço-vos bem como a todos os implicados”, cita a Vanity Fair.

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A herdeira usou também uma tiara do guarda-joias da casa real. Aquela que é conhecida como a tiara pavão de rubi, foi uma encomenda Rainha Wilhelmina à casa joalheira alemã Edward Schürmann & Co em 1897 e acredita-se que os rubis pertenciam à primeira mulher do seu pai, o Rei Willem III, conta a Vanity Fair. A tiara caracteriza-se pelo design que faz lembrar as plumagem de um pavão e faz parte de um conjunto, que a princesa usou pela primeira vez completo, com os brincos e o colar e ainda uma pulseira a condizer. A Rainha Wilhelmina deu o conjunto à filha Irene que o usou até se divorciar, em 1981, desde então terá estado desaparecido durante quase 30 anos até que Máxima o resgatou do guarda-joias para o fazer brilhar. A princesa Amalia já tinha usado esta tiara na festa do casamento do príncipe herdeiro da Jordânia, no passado mês de julho. Amalia pode estar a criar o seu próprio estilo já que além de repetir a tiara, também voltou a escolher um vestido com capa, em azul escuro.

A princesa Beatriz apostou na simplicidade e usou uma tiara e um colar com o mesmo design, uma linha de diamantes redondos. A primeira joia data de 1979 e foi um presente de casamento do povo holandês para a sua bisavó. A casa real neerlandesa partilhou um vídeo com um resumo dos principais momentos deste banquete.

Com toucados e joias, arranca o duelo de estilo entre Letizia e Máxima

Felipe e Letizia de Espanha aterraram esta terça-feira nos Países Baixos para uma visita de estado de três dias. A receção oficial aconteceu na manhã desta quarta-feira onde partilharam o protagonismo com os reis Willem-Alexander e Máxima, com a praça do palácio real em Amesterdão como cenário. Para quem segue a realeza, este será mais um encontro de chefes de estado com uma preenchida agenda. Mas com estas duas rainhas em cena, vamos certamente ter um duelo de estilo (amigável, claro) e um desfile de bom gosto e joalharia com história, como já provam o toucado e as esmeraldas de Letizia e o diplomático look total vermelho de Máxima que coloriram a primeira cerimónia. Para a noite está marcado um jantar de gala.

A praça central de Amesterdão, o Dam, foi palco da cerimónia de receção aos reis de Espanha. Entre as exigências do protocolo e a revista à guarda por parte dos soberanos, foram as rainhas quem captou mais atenções, por serem duas mulheres carismáticas que costumam passar mensagens com as suas escolhas de guarda-roupa. No look da rainha Letizia as peças que mais se destacaram foram mesmo os acessórios. O toucado em bege, uma peça em forma de onda sobre a cabeça, ligeiramente descaída para o lado direito e com uma suave rede, foi criado pela marca Balel Madrid, segundo revela a Hola, a mesma que assinou o vistoso chapéu que a rainha usou na coroação de Carlos III. São raras as ocasiões em que vemos a rainha de Espanha com um acessório de cabeça, mas não só se proporcionava o momento como a companhia, afinal a rainha Máxima é uma fã de chapéus e tem uma exuberante coleção. Letizia usou também os brincos com diamantes e esmeraldas que, apesar de pertenceram à rainha Sofia, já a vimos usar uma série de vezes, nomeadamente na visita de estado à Dinamarca no passado mês de novembro e também numa visita a Portugal em 2016.

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As rainha de Espanha e dos Países Baixos na receção de quarta-feira de manhã em Amesterdão

Quanto à roupa, optou por um vestido em tweed verde com cintura marcada por um cinto e mangas compridas, mas abertas até ao cotovelo criando um efeito capa, a saia travada em comprimento midi contava com uma racha atrás para permitir a liberdade de movimentos. A criação, que será uma estreia no guada-roupa da rainha, é assinada pelo designer de moda Moisés Nieto, assim como a carteira que a rainha levava na mão, também em verde. Durante a cerimónia o sol deixou de brilhar e a chuva fez com se abrissem chapéus e com que a rainha vestisse uma capa Carolina Herrera, em bege e com gola em pelo, que já a vimos usar em outras ocasiões e visitas internacionais.

Máxima dos Países Baixos foi fiel a uma das suas assinaturas de estilo, apostar em cores vistosas. Talvez num gesto diplomático a rainha optou por vestir vermelho, uma das cores da bandeira de Espanha, num tom mais escuro, mas em look total. Ou seja desde o chapéu, uma criação da marca Fabienne Delvigne, à roupa, um conjunto de blusa e saia evasé da marca Natan. Os restantes acessórios, como as luvas, a clutch e os sapatos também respeitaram o código cromático. Fugiram à regra as joias, um par de brincos em diamantes e uma pregadeira, também preciosa, em forma de inseto.

A visita dos reis de Espanha aos Países Baixos já começou, na verdade, esta terça-feira quando chegaram ao final da tarde a Amesterdão. Depois de uma cerimónia de despedida no terminal 4 do Aeroporto Adolfo Suárez pelas 15h30 (hora local, mais uma que em Lisboa). A rainha despediu-se de Espanha com um fato preto Hugo Boss. Viria a apresentar-se na capital dos Países Baixos horas mais tarde, numa receção que os reis Felipe e Letizia ofereceram à comunidade espanhola residente naquele país no Hotel NH Collection Amsterdam Barbizon Palace. A rainha usou um conjunto composto por um top preto que deixava os ombros descobertos e uma saia em cor champanhe com toque acetinado e também da marca Hugo Boss, segundo escreve a revista Hola.

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