Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) gastaram quase 2.000 milhões de euros com medicamentos em 2023, uma despesa que aumentou 11,2% em relação ao ano anterior, indicam dados do Infarmed.

Segundo o relatório de monitorização da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) consultado nesta segunda-feira pela Lusa, a despesa com medicamentos nos hospitais do SNS ascendeu a um total de 1.959 milhões de euros em 2023, mais cerca de 198 milhões do que em 2022.

Lisboa e Vale do Tejo é a região com maior aumento da despesa, com quase 860 milhões de euros gastos em medicamentos (mais 89 milhões do que em 2022), seguindo-se o Norte, com 664 milhões (mais 56,6 milhões).

De acordo com o documento, os medicamentos com maior aumento de despesa foram o Pembrolizumab (oncologia), que representou um gasto de 81 milhões de euros (mais 21,6 milhões do que em 2022), o Lamivudina/Dolutegravir (VIH), com 53 milhões, e o Daratumumab (oncologia), com 42,2 milhões.

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Por áreas terapêuticas, os hospitais dos SNS gastaram 625 milhões de euros (mais 88 milhões do que em 2022) em medicamentos com indicação oncológica, um montante que representou 32% do total da despesa nessa área, seguindo-se o VIH com quase 216 milhões.

Já a despesa do SNS com medicamentos em ambulatório ascendeu a cerca de 1.594 milhões de euros no último ano, mais 26,5 milhões do que em 2022, e o encargo médio do utente por embalagem subiu 3,1% (0,14 euros). No total, o encargo dos utentes foi de 860 milhões de euros.

Antidiabéticos, anticoagulantes e modificadores do eixo renina angiotensina são as classes terapêuticas com maiores encargos para o SNS em ambulatório, representando um despesa de quase 700 milhões de euros em 2023.