A primeira proposta de atribuição de subsídio apresentada pelo Governo aos principais sindicatos das forças de segurança tem sido, ao longo dos últimos dias, alvo de críticas. Este sábado, a Plataforma de Sindicatos e Associações da PSP e GNR disse que se traduzia numa “valorização ridícula e, em muitos casos, numa redução de rendimento”. Entretanto, o Ministério da Administração Interna divulgou um comunicado em que afirma que “são falsas as desinformações sugerindo que alguns profissionais poderiam perder rendimento”.
Desta forma, o executivo diz que a proposta “garante que todos os guardas e polícias têm um aumento da retribuição, garantindo no mínimo mais 1.050€ por ano e, para parte deles, mais do que isso”. “Este ganho aplica-se a todos, incluindo aos novos profissionais que vierem a entrar nas carreiras no futuro”, reitera o Ministério titulado por Margarida Blasco, que esteve reunida com os sindicados na passada quinta-feira.
O Governo explica que a primeira proposta “concede às forças da GNR e PSP um aumento equivalente, em média, a mais um salário, ou seja, na prática corresponde, em média, à criação de um 15.º mês (gerando um aumento de 7% da massa salarial das forças de segurança)”. Descontentes, os sindicatos ficaram de apresentar uma contraproposta “nos próximos dias”.
Além do subsídio, a proposta contempla que as forças de segurança mantenham “todos os demais suplementos que já recebiam (que são 14 na GNR e 11 na PSP)”. “Procurando corrigir a iniquidade criada pelo Governo anterior face à Polícia Judiciária”, o novo executivo afirma que “a proposta segue o mesmo racional de critérios do suplemento da PJ, que é fixar o suplemento em percentagens por referência ao salário do dirigente máximo da instituição”.
A proposta do Ministério da Administração Interna passa por “fixar o suplemento em percentagens, próximas [às da PJ], que variam conforme as carreiras, face aos dirigentes máximos das respetivas forças de segurança”. Aquando da realização das reuniões com os sindicatos, o Observador avançou que, no caso da GNR, o Governo previa um aumento de 12% para oficiais, 9% para sargentos e 7% para guardas. Para a PSP, o aumento será de 12% para os oficiais, 9% para os chefes e 7% para os agentes.