Na sessão de abertura do Parlamento dos Jovens do ensino básico, José Pedro Aguiar-Branco falou sobre a participação política e o “direito à diferença”, para explicar que “é mais simples romper do que gerar consensos”, que “obriga a fazer cedências”, falando ainda da importância de cumprir acordos.

No tópico que destinou a falar sobre o “direito à diferença”, o presidente da Assembleia da República reforçou a mensagem da tomada de posse, de que “cada um dos deputados nesta sala tem a mesma legitimidade porque representa alguém pelo voto universal”, mas logo falou sobre a responsabilidade de desempenhar o cargo, para atirar que existe “uma obrigação de convergência“, num incentivo à negociação.

Foi aí que Aguiar-Branco explicou aos deputados-estudantes que “é muito mais simples romper, fazer rutura, do que fazer consenso” porque isso “obriga a fazermos cedências” mas que devem ser feitas “para o bem nacional”. O presidente do Parlamento frisou ainda que “é preciso respeitar as regras do jogo” no debate político na Assembleia da República, confessando que a gestão dos tempos durante os plenários é das tarefas mais difíceis que tem.

Na intervenção que fez na abertura dos trabalhos, em que revelou estar “mais nervoso” do que a presidente da mesa — uma jovem estudante eleita pelos colegas que participam na sessão nacional –, Aguiar Branco, falou sobre a participação, a representação política e o direito à diferença.

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No que toca à representação política, Aguiar-Branco deixou também uma nota sobre a palavra dos eleitos. Para o presidente do Parlamento é particularmente relevante “honrar a palavra, mesmo que não esteja escrita”, numa menção que pode ser aplicada à falta de consensos na Assembleia da República. Recentemente o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, revelou — na SIC Noticias –, que tentou chegar a acordo com o Chega em três ocasiões e que esse acordo foi sempre violado.

A segunda figura do Estado acrescentou ainda que “cumprir as promessas e prestar contas é o reverso da moeda” de ser escolhido para representar os cidadãos, o que considera “um enorme privilégio mas também uma enorme responsabilidade”.

A sessão nacional do ensino básico do Parlamento dos Jovens decorreu esta segunda e terça-feira sobre “viver abril na educação”. A sessão do ensino secundário está marcada para o final do mês de maio.