Uma das tempestades geomagnéticas mais severas de sempre está a atingir a Terra desde quarta-feira. O alerta foi feito pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos da América (NOAA).

Apesar da seriedade do alerta, estas tempestades não têm consequências para as “pessoas comuns”, afirmou o Chefe de Operações da NOAA numa conferência de imprensa, citada pelo New York Times. As tempestades geomagnéticas são resultado de atividade nuclear na superfície solar, que emite partículas para o espaço. Quando essas partículas são arrastadas até à Terra criam perturbações no campo eletromagnético do planeta.

O aviso é feito para organizações globais, uma vez que estas perturbações podem afetar os satélites que orbitam a Terra, sistemas de navegação como os GPS e até transmissões de rádio. A NOAA avalia estas tempestades numa escala de severidade de G1, atividade ligeira, a G5, atividade extrema. A tempestade desta semana está classificada como G4, atividade severa.

Deste lado do Atlântico, o The Guardian recorda a tempestade G5 de 2003, em que se verificaram perturbações na rede elétrica dos países mais próximos dos polos, como a Suécia e a África do Sul.

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Avisos feitos às organizações responsáveis pelas infraestruturas afetadas, sobra um convite para as “pessoas comuns”: a de olhar para o céu na madrugada de sexta-feira. É que são estas perturbações no campo magnético da Terra que formam na atmosfera as auroras boreais – ou austrais, para quem vive no polo sul.

Nas redes sociais, é possível acompanhar a progressão do fenómeno e encontrar o melhor sítio para ver as luzes – longe das artificiais, num sítio sem nuvens e uma boa dose de sorte. A tempestade atinge o seu pico durante esta sexta-feira, a altura ideal para fazer a chamada “caça às auroras”, mas vai prolongar-se até domingo.

Aurora boreal desceu do Norte e iluminou os céus de Espanha até à Grécia e houve quem a visse em Portugal (a foto do céu lilás na Figueira)