O secretário Regional da Agricultura e Alimentação dos Açores congratulou-se esta quarta-feira por a região continuar a ser uma zona livre da Doença Hemorrágica Epizoótica (DHE), em resultado do trabalho desenvolvido entre o executivo e a Federação Agrícola.

A Direção Geral da Alimentação e Veterinária publicou um edital, que está em vigor desde 27 de abril, que determina as zonas afetadas pela DHE e que “demarca as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira como zonas livres da DHE”, segundo uma nota esta quarta-feira divulgada pelo Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM).

O estatuto de zona livre de DHE “resulta de um trabalho conjunto entre o Governo Regional e a Federação Agrícola dos Açores, [que] prontamente estabeleceram medidas que impediram que a doença se instalasse na Região Autónoma dos Açores”, afirmou o responsável pela pasta da Agricultura e Alimentação António Ventura.

“À semelhança do que já acontece relativamente a outras várias doenças, esta é mais do que uma simples designação, é um testemunho do nosso compromisso com os mais altos padrões e práticas sanitárias, cooperação institucional e dedicação de todos”, acrescentou António Ventura, citado no comunicado.

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António Ventura assegurou ainda que “o compromisso com a inovação, a pesquisa e a adaptação constante às mudanças epidemiológicas são imperativos para manter e elevar os padrões” que destacam os Açores.

“Neste sentido, reafirmamos o nosso compromisso com a cooperação nacional e comunitária e a partilha de conhecimento, reconhecendo que os desafios sanitários não respeitam fronteiras”, acrescentou.

A DHE é uma doença de etiologia viral que afeta os ruminantes, em especial os bovinos e os cervídeos selvagens, com transmissão vetorial (por mosquito), que está incluída na lista de doenças de declaração obrigatória da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), lembra o Governo açoriano.

“Os planos de vigilância entomológica iniciados em 2024 nas Direções de Serviço de Alimentação e Veterinária de Lisboa e Vale do Tejo (DSAVRLVT) e do Alentejo (DSAVRAL) permitiram estabelecer um período livre de vetor. No entanto, a evolução das temperaturas para valores mais elevados e os resultados do plano entomológico indiciam o fim da estação livre dos insetos vetores”, lê-se na nota.