A dissolução esta quinta-feira do parlamento britânico desencadeia o processo até à realização de eleições legislativas no Reino Unido a 4 de julho, convocadas pelo primeiro-ministro, o conservador Rishi Sunak, no passado dia 22 de maio.

A legislação determina um período de 25 dias úteis até à votação, a qual vai decorrer dentro de cinco semanas, entre as 7h e as 22h no território britânico.

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Com a dissolução, a legislatura é oficialmente encerrada nas duas câmaras do parlamento britânico, a Câmara dos Comuns (câmara baixa) e Câmara dos Lordes (câmara alta).

Os trabalhos parlamentares já tinham sido suspensos na quinta-feira passada, após terem sido aprovadas apressadamente uma série de leis.

As outras propostas e projetos de lei em análise foram eliminados.

A dissolução significa que todos os 650 deputados perdem o seu mandato, incluindo o presidente da Câmara dos Comuns (speaker), Lindsay Hoyle.

Pelo contrário, os membros da Câmara dos Lordes, que são nomeados e não eleitos, mantêm os seus cargos.

O parlamento é dissolvido pelo monarca a pedido do primeiro-ministro. Teoricamente, o Rei Carlos III poderia recusar, mas a última vez que tal aconteceu foi em 1835.

Por lei, o Reino Unido deve realizar eleições legislativas e eleger um novo parlamento pelo menos de cinco em cinco anos, mas a data específica é determinada pelo chefe do governo.

O executivo não se demite quando o parlamento é dissolvido e os ministros mantêm títulos e funções, ainda que existam regras sobre o tipo de anúncios e decisões que podem tomar.

O prazo para serem formalizadas as candidaturas aos 650 lugares vagos na Câmara dos Comuns fecha às 16h (mesma hora de Lisboa) de 7 de junho.

Ao contrário de outros países, pode ser realizada campanha eleitoral em qualquer altura e não há restrições em termos de datas.

A dissolução do parlamento marca o início das regras de limites de despesas e controlo dos donativos aos candidatos.

O recenseamento nos cadernos eleitorais decorre até à meia-noite de 17 de junho e os eleitores têm até 26 de junho para pedir um voto por procuração.

A contagem dos votos começará imediatamente após o encerramento das urnas às 22h de 4 de julho e o resultado das eleições deverá ser conhecido durante a madrugada de 5 de julho.

No mesmo dia, o Rei indigitará o líder do partido vencedor do escrutínio como primeiro-ministro e convidá-lo-á a formar governo.

Se nenhum partido obtiver a maioria absoluta,  o que significa que não pode aprovar legislação apenas com os seus próprios deputados, será necessário negociar uma coligação ou o apoio de outros partidos.

Segundo o calendário avançado pelo atual governo, liderado pelo Partido Conservador, o novo parlamento eleito reunirá pela primeira vez a 9 de julho para tomada de posse dos deputados e eleição do presidente da Câmara dos Comuns.

A abertura oficial pelo Rei Carlos III terá lugar uma semana mais tarde, a 17 de julho.