O comandante distrital de Braga da PSP, Henriques Almeida, reclamou esta terça-feira um “urgente e significativo” reforço do efetivo, para conseguir garantir a regularidade dos períodos de descanso dos polícias.

Na cerimónia comemorativa do 147.º aniversário do Comando de Braga, que decorreu em Vila Nova de Famalicão, Henriques Almeida sublinhou a dimensão e a simultaneidade de “grandes eventos”, incluindo os desportivos, nos quatro concelhos sob a sua jurisdição.

Uma situação que, referiu, tem obrigado a um “empenho desmesurado” de polícias que, nessas alturas, deveriam estar a gozar as suas folgas, o que conduz a uma taxa de esforço “demasiado elevada e nada recomendável para quem exerce a função policial”.

Por isso, apelou a uma promoção articulada de grandes eventos a nível municipal e supramunicipal e a uma calendarização dos eventos desportivos, designadamente jogos de futebol, que não olhe apenas para o ponto de vista comercial.

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“Sendo as forças de segurança essenciais à sua realização, seria minimamente adequado e razoável que tivessem uma palavra a dizer, para evitar tanto quanto possível a quase simultaneidade de vários jogos, inclusive da mesma modalidade”, referiu.

O Comando Distrital da PSP de Braga conta com 538 polícias, dos quais 88 estão impossibilitados de exercer funções por motivos de doença.

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A média de idades é de 46 anos.

Em termos de instalações, Henriques Almeida disse que “a prioridade das prioridades, pelo menos desde 1989″, é a reformulação e ampliação das instalações da sede do Comando, em Braga.

Destacou ainda a necessidade de obras de conservação nas instalações de Guimarães e Barcelos.

Em relação a Famalicão, adiantou que em breve arrancarão as obras de requalificação das atuais instalações.

Henriques Almeida apelou ainda à participação de todos no policiamento, dirigindo-se sobretudo às instituições representativas da comunidade.

“O policiamento feito exclusivamente por polícias terá de dar lugar a um modelo mais vasto, em que todos concorrem concertadamente para a segurança de todos, É fundamental iniciarmos o comummente designado policiamento comunitário, cuja matriz é predominantemente preventiva”, disse ainda.

Presente na cerimónia, o comandante nacional da PSP, Luís Carrilho, deu conta do seu compromisso de “priorizar o bem-estar de todos os polícias”, proporcionando-lhes melhores condições socioprofissionais e financeiras.

Questionado pelos jornalistas, Luís Carrilho escusou-se a falar sobre as negociações que decorrem entre sindicatos das forças de segurança e Governo para aumento do subsídio de risco à PSP e à GNR.