O Governo português homenageou esta quinta-feira “todos quantos deram a vida” pelos valores da liberdade e do humanismo, assinalando os 80 anos do Dia D, do desembarque dos aliados ocidentais na Normandia, decisivo para o fim da II Guerra Mundial.

“Nos 80 anos do dia D, o dia que determinou a vitória da liberdade e do humanismo, prestamos homenagem a todos quanto deram a vida por esses valores“, escreveu esta quinta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X.

O ministério liderado por Paulo Rangel referiu ainda: “E, unidos aos nossos parceiros da UE [União Europeia] e ao Reino Unido, agradecemos a solidariedade transatlântica”.

Os aliados ocidentais celebram esta quinta-feira os 80 anos do desembarque na Normandia, França, que foi decisivo para o curso da II Guerra Mundial na Europa, numa altura em que a guerra assola novamente o continente.

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O conflito da Rússia contra a Ucrânia, iniciado em fevereiro de 2022, será um dos temas das conversas na cerimónia, mas também em encontros bilaterais do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, um dos convidados.

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A cerimónia na Normandia conta com chefes de Estado como Emmanuel Macron (França), Joe Biden (Estados Unidos), Sergio Mattarella (Itália) e do Rei Carlos III (Reino Unido), bem como o chanceler alemão, Olaf Scholz.

A Rússia, convidada há 10 anos e antiga aliada dos Estados Unidos e do Reino Unido contra a Alemanha nazi, foi formalmente excluída das cerimónias devido à invasão da Ucrânia, numa ausência simbólica das tensões atuais na Europa.

Em 6 de junho de 1944, mais de 156.000 militares desembarcaram nas costas da Normandia em cinco praias que receberam os nomes de código Omaha, Gold, Juno, Sword e Utah.

A força era constituída principalmente por tropas norte-americanas, britânicas e canadianas, mas a operação incluiu apoio naval, aéreo e terrestre australiano, belga, checo, neerlandês, francês, grego, neozelandês, norueguês e polaco.

O Dia D, como ficou para a História, foi a maior invasão anfíbia da guerra, e permitiu abrir uma nova frente, aliviando a pressão sobre a União Soviética a Leste.

A II Guerra Mundial (1939-1945) só viria a terminar cerca de um ano depois, em agosto, com a rendição do Japão após o lançamento de bombas atómicas norte-americanas em Hiroshima e Nagasaki, três meses depois da capitulação alemã.