O Chega entregou uma proposta no parlamento da Madeira para a realização de uma auditoria às contas da região, por parte de uma entidade independente, argumentando que os madeirenses têm o direito de saber onde é gasto o dinheiro público.

“Os madeirenses têm o direito de saber como é que o dinheiro público, fruto dos impostos que pagam, anda a ser gasto. O Chega defende transparência na gestão da causa pública e rigor absoluto nos critérios que o Governo Regional aplica para o seu uso”, lê-se numa nota enviada às redações.

O partido, representado por quatro deputados no parlamento madeirense, considera que “há um défice de transparência na forma como a região tem vindo a ser gerida”, aguardando uma tomada de posição por parte das restantes forças políticas.

A iniciativa parlamentar concretiza uma promessa feita pelo Chega durante a campanha eleitoral “e visa avaliar a fiabilidade, transparência e precisão das contas públicas do Governo Regional, submetendo-as à análise e avaliação criteriosa de uma entidade externa independente”.

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A auditoria deverá efetuar uma “análise profunda” das contas do executivo madeirense, liderado por Miguel Albuquerque (PSD) desde 2015, e incluir os investimentos feitos com verbas transferidas pelo Estado e pela União Europeia.

“Acima de tudo, queremos saber se os muitos dinheiros que a região tem recebido têm sido utilizados para melhorar a vida dos madeirenses e aumentar a qualidade de vida das populações, ou se, pelo contrário, o governo andou a usar dinheiros públicos para alimentar clientelas e redes de interesse”, reforça o Chega.

A proposta do Chega/Madeira visa ainda a apresentação dos resultados da auditoria na Assembleia Legislativa Regional e a posterior implementação de “medidas corretivas caso sejam identificadas irregularidades, falhas na transparência ou até o uso negligente dos fundos públicos, com prejuízo para a população”.