O Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, nos Açores, realizou 15.613 consultas entre 04 de maio, dia em que foi alvo de um incêndio, e quinta-feira, anunciou esta sexta-feira a instituição.

De acordo com uma nota de imprensa, o HDES refere que a média diária de consultas situa-se nas 339, sendo que estão internados nas várias unidades de saúde 199 utentes.

O incêndio, que deixou o hospital inoperacional, deflagrou pelas 09h40 locais (10h40 em Lisboa) e só foi declarado extinto às 16h11.

Na altura, todos os doentes que estavam internados tiveram de ser transferidos para vários hospitais dos Açores, Madeira e continente.

Os serviços do HDES têm sido retomados progressivamente.

O HDES revela que, “até ao final do dia 13 de junho, foram concedidas 1.354 altas, excetuando as 93 altas precoces concedidas em 4 de maio, tendo-se realizado no mesmo período 382 cirurgias, das quais 212 correspondem a cirurgias urgentes”.

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A média diária de atendimentos urgentes é de 309 utentes.

O HDES anunciou, entretanto, que, na próxima segunda-feira, o posto de colheitas passará a funcionar no espaço do antigo Serviço de Atendimento Urgente do hospital, mantendo-se o horário e marcações habituais, com as colheitas a serem feitas das 08h00 às 10h30 e marcações de análises das 10h30 às 17h00.

“Os agendamentos e comparência às consultas no ambulatório de pediatria retornam ao normal, não sendo necessário aguardar por um contacto por parte do HDES, à exceção de situações muito pontuais, como consultas de cardiologia pediátrica com Ecodoppler“, refere-se na nota.

O HDES informa que os utentes das consultas de psicologia, que já foram retomadas no serviço de oncologia e de neurologia, “devem cumprir as marcações já existentes e comparecer na data e hora estipulada”.

Os utentes das consultas de psicologia nos serviços de psiquiatria, endocrinologia e pediatria “devem continuar a aguardar contacto prévio por parte de um profissional do HDES”.

O incêndio na maior unidade de saúde dos Açores está em investigação, mas terá tido origem num quadro elétrico que, segundo a administração, tinha as vistorias em dia.

O Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) já aprovou alterações ao contrato-programa com o HDES para acomodar os prejuízos, avaliados em 24 milhões de euros.