Não é a primeira vez, mas quase parece. Há 24 anos, desde o Euro 2000, que a Roménia não ultrapassava a fase de grupos do Campeonato da Europa — feito repetido esta quarta-feira, com o empate contra a Eslováquia e um extraordinário primeiro lugar do Grupo E à frente da teoricamente mais poderosa Bélgica.

O Grupo E foi de Equilíbrio e Emoção e no fim as contas deram certo a quem quis ganhar e ficou Empatado (a crónica do Eslováquia-Roménia)

Nestes 24 anos, a Roménia falhou o Euro 2004 e o Euro 2012 e não foi além da fase de grupos em 2008 e 2016. De 2000, porém, ainda data o melhor resultado de sempre em Europeus: os romenos de Emerich Jenei chegaram aos quartos de final, onde caíram com Itália, e contavam com uma equipa que tinha Adrian Mutu, Cristian Chivu e Gheorghe Hagi. 24 anos depois, Ianis Hagi, o filho de Gheorghe, foi titular no jogo que garantiu um novo apuramento.

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As relações familiares da seleção romena, contudo, não ficam por aí. No banco de suplentes, o selecionador é Edward Iordănescu: o filho de Anghel Iordănescu, antigo treinador agora com 74 anos que também foi selecionador da Roménia, em três períodos distintos, o último deles até 2016. Edward seguiu as pisadas do pai tanto enquanto jogador como treinador, sendo que orientou CSKA Moscovo, Cluj e FCSB antes de assumir a seleção em 2022, garantindo desde logo o apuramento para o Campeonato da Europa — e agora para os oitavos de final.

Com o empate entre Roménia e Eslováquia e o nulo entre Bélgica e Ucrânia à mesma hora, o Grupo E terminou com todas as equipas empatadas com quatro pontos, algo que nunca tinha acontecido, e a classificação decidida nos confrontos diretos e nas diferenças de golos. Os ucranianos estão eliminados, apesar de terem alcançado a melhor pontuação de sempre em fases de grupos de Europeus, os eslovacos seguem em frente no terceiro lugar, os belgas apuram-se na segunda posição e cruzam com França já nos oitavos de final e os romenos, no primeiro lugar, vão enfrentar Eslovénia ou Países Baixos.