O argumentista norte-americano Robert Towne, autor de “Chinatown”, frequentemente descrito como o melhor argumento alguma vez escrito, morreu aos 89 anos.

Robert Towne, que ganhou um Óscar por aquele argumento, morreu na segunda-feira, “pacificamente em casa, rodeado pela família”, disse na terça-feira a agente Carri McClure à agência de notícias France-Presse.

Towne começou a trabalhar em Hollywood nos anos 1970, tendo contribuído em vários filmes clássicos, como “Bonnie and Clyde” e “O Padrinho”, embora o nome não apareça nos créditos.

No primeiro, trabalhou como consultor criativo no início da carreira, nos anos 1960. Por “O Padrinho”, Towne foi saudado no palco dos Óscares por Francis Ford Coppola, que ganhou a estatueta para melhor argumento.

O realizador prestou-lhe homenagem pela “belíssima cena entre Marlon [Brando] e Al Pacino no jardim”. Towne foi nomeado três anos consecutivos para o Óscar de Melhor Argumento em meados da década de 1970, arrebatando o prémio com “Chinatown”, realizado por Roman Polanski.

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O filme é protagonizado por Jack Nicholson, um detetive privado dos anos 1930 cuja investigação à infidelidade de um marido expõe um mundo de corrupção em Los Angeles.

Como argumentista, juntou-se a Tom Cruise em “Days of Thunder” (“Dias de Tempestade”), lançado em 1990. A dupla continuou a trabalhar em conjunto nos dois primeiros filmes “Missão Impossível”.

Towne, que realizou uma série de filmes ao longa da carreira, foi ainda consultor na série televisiva “Mad Men”.