O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou este sábado que “ainda não há certeza” sobre a morte do chefe militar do Hamas, Mohamed Deif, e do seu “número dois”, num ataque ocorrido em Mawasi, zona humanitária no sul do enclave.

“Ainda não temos certeza absoluta sobre a morte de Deif e do seu braço direito, Rafaa Salameh”, afirmou em conferência de imprensa Benjamin Netanyahu, que autorizou a operação, depois de receber informações de que não havia reféns israelitas na zona.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado por o Hamas, declarou que o ataque desta manhã a Mawasi provocou a morte a 90 palestinianos e deixou ainda mais de 300 pessoas feridas.

O Hamas disse que o bombardeamento deste sábado ocorreu junto uma zona humanitária designada por Israel, que se estende do norte de Israel até Khan Younis para onde centenas de milhares de palestinianos fugiram, abrigando-se principalmente em tendas improvisadas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em comunicado, o exército israelita referiu que o ataque no sul da Faixa de Gaza teve como alvo o chefe do braço armado do Hamas, Mohamed Deif, e o comandante local na cidade de Khan Younis, e que se dirigiu a uma área onde não havia civis.

Os militares israelitas alegaram que o local atacado era um complexo do Hamas localizado numa área aberta, rodeado de árvores e edifícios, e não nas tendas de Mawasi.

Israel lançou a campanha na Faixa de Gaza depois de um ataque do Hamas em 07 de outubro, no qual militantes do movimento entraram no sul de Israel e mataram 1.200 pessoas, maioritariamente civis, e raptaram cerca de 250 pessoas.

Desde então, as ofensivas terrestres e os bombardeamentos de Israel mataram mais de 38.300 pessoas em Gaza e feriram mais de 88.000, de acordo com o Ministério da Saúde do território, que não distingue entre civis e combatentes na contagem das vítimas.

Mais de 80% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram expulsos de casa e a maioria encontra-se agora em acampamentos miseráveis, enfrentando a fome generalizada.