Trabalhadores da Câmara de Lisboa reunidos esta quarta-feira em plenário aprovaram uma resolução que apela ao presidente, Carlos Moedas, para interceder junto do Governo para regularizar a situação de cerca de mil profissionais que ficaram excluídos da valorização remuneratória.

Os trabalhadores que esta manhã reuniram em plenário decidiram que “seria bom relembrar a Câmara [de Lisboa] da situação que excluiu milhares de funcionários das medidas de valorização dos trabalhadores em funções públicas, aprovadas pelo anterior Governo, e apelar ao presidente, Carlos Moedas, que interceda junto do novo Governo a pedir a resolução desta injustiça”, disse à agência Lusa Nuno Almeida, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML).

De acordo com o sindicalista, em causa estão medidas de valorização dos trabalhadores em funções públicas, aprovadas em 2022, e cuja aplicação prática “excluiu um conjunto vasto de trabalhadores”, que, no caso da Câmara de Lisboa incluem, por exemplo, os bombeiros do Regimento de Sapadores de Bombeiros, os fiscais municipais, os encarregados operacionais e encarregados gerais operacionais e os trabalhadores da carreira de informática.

Com atualizações pendentes da revisão das carreiras estes trabalhadores ficaram “numa situação de desigualdade, principalmente os trabalhadores que estão integrados em carreiras especiais, mas com o grau de complexidade dois”, exemplificou Nuno Almeida.

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O sindicalista lembrou que quer o STML quer o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) têm exigido a correção desta desigualdade junto do anterior Governo, do parlamento, da Provedora de Justiça e de várias autarquias.

Depois de o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), ter manifestado a sua preocupação, através de um ofício enviado em abril do ano passado à Secretária de Estado da Administração Pública, os trabalhadores voltaram esta quarta-feira a pedir a intervenção do autarca.

“Sabemos que não está na mão do engenheiro Carlos Moedas resolver a questão, mas é claro que a Câmara de Lisboa é a maior autarquia local do país, que emprega cerca de 10.000 trabalhadores e só nesta situação terá à volta de 1.000 a 1.500 trabalhadores que ficaram prejudicados”, afirmou Nuno Almeida.

A par com o apelo deixado ao autarca, os dois sindicatos e os trabalhadores irão continuar a “avaliar formas de luta” para conseguir que questão seja resolvida.