A atriz Dora Leal, que se destacou no teatro de revista desde a década de 1960 e pelo trabalho ao lado do marido, o ator José Viana, morreu esta , em Lisboa, disse à Lusa fonte da Casa do Artista.

Dora Leal morreu esta noite no Hospital S. Francisco Xavier, onde se encontrava internada. A atriz residia na Casa do Artista.

Atriz de revista e comédia, estreou-se no Teatro Variedades, no Parque Mayer, em Lisboa, em 1964, na revista “Elas São o Espectáculo”. Foi aí que conheceu o futuro marido, José Viana (1922-2003), com quem viria a estabelecer uma parceria de sucesso, nos palcos e na televisão.

Numa carreira que se estendeu por mais de três décadas, coprotagonizou sobretudo comédias e revistas como “Eh pá pega na vassoura”, “A Grande Jogada” e “Sua Excelência, o Pendura”, com José Viana, nos palcos e no pequeno ecrã.

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Na televisão, participou igualmente em programas como “Grande Noite” e “Ora Viva”, e em comédias como “O Milagre em Casa dos Lopes”.

As rábulas “O ardina” e “A cigana Dora” são citadas por diferentes fontes teatrais como algumas das suas mais conseguidas interpretações.

Fez parte do grupo fundador do Adoque – Cooperativa de Trabalhadores de Teatro, em 1974, após a queda da ditadura, com Henrique Viana, António Montez, Francisco Nicholson e o cenógrafo Mário Alberto, além de José Viana.

Em 1976, com Rogério Paulo, António Machado, Maria Dulce e José Viana, fundou a Cooperativa de Teatro Popular, em Almada.

Em 2013, quando passavam 10 anos sobre a morte de José Viana, a Junta de Freguesia de Santos-o-Velho, em Lisboa, dedicou ao casal de atores uma exposição retrospetiva das suas carreiras.