895kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Cinco anos depois, Coreia do Norte vai reabrir fronteiras a turistas estrangeiros até ao final do ano

Operadores turísticos confirmaram viagens a Samjiyon em dezembro de 2024, cidade que foi renovada para se tornar num complexo turístico. Kim Jong-un fechou as fronteiras em 2020 por causa da Covid-19.

GettyImages-1169386775
i

O país publicita Samjiyon como o local sagrado onde nasceu Kim Jong-Il

AFP via Getty Images

O país publicita Samjiyon como o local sagrado onde nasceu Kim Jong-Il

AFP via Getty Images

Ao fim de quase cinco anos, a Coreia do Norte vai reabrir as suas fronteiras a turistas, com viagens organizadas à cidade de Samjiyon, no norte do país, avançaram duas agências de viagens que operam no país. Kim Jong-un fechou as fronteiras no início de 2020, como prevenção contra a pandemia de Covid-19.

O anúncio da reabertura foi feito na quarta-feira pela agência KTG Tours, na sua página de Facebook. “Ótimas notícias! As fronteiras da RDPC [República Democrática Popular da Coreia] vão abrir finalmente! Acabamos de saber que os turistas vão poder ir a Samjiyon (área do Monte Paektu) este inverno. As datas exatas ainda vão ser confirmadas. Até agora, só Samjiyon foi confirmado oficialmente, mas achamos que Pyongyang e outros lugares também vão abrir”, escreveu o operador turístico, que opera a partir da China, na publicação.

Informações idênticas foram partilhadas no mesmo dia, por uma outra agência, que opera igualmente a partir de Pequim. “A Koryo Tours, líder em viagens na Coreia do Norte desde 1993, está animada por anunciar que o turismo em Samjiyon e potencialmente no resto do país vai ser retomado em dezembro de 2024. Recebemos confirmação dos nossos parceiros locais”, escreveu a Koryo Tours em comunicado.

Ambas as operadoras tinham sido obrigadas a encerrar as suas operações no início de 2020, quando Kim Jong-un decretou o encerramento das fronteiras e cancelou os voos e transportes regulares com cidades chinesas e russas, que representavam a maior parte do turismo da Coreia do Norte. O líder norte-coreano declarou, à data, que as medidas tinham resultado e o país não tinha registado nenhum caso de Covid-19.

Kim Jong-un diz que “melhor povo do mundo” está a salvo da pandemia. Especialistas admitem que surto possa já estar descontrolado

Nos últimos meses, Kim Jong-un tem dado pequenos passos para reverter esta medida. Em fevereiro, cerca de 100 turistas russos tiveram os seus vistos aprovados e embarcaram num voo direto entre Vladivostok e Pyongyang para uma viagem de esqui, controlada ao pormenor. Já em julho, o líder visitou Samjiyon, onde, ao longo dos últimos quatro anos foi desenvolvido um projeto de renovação da cidade para a transformar numa “cidade cultural de montanha e num modelo de uma cidade regional”, segundo informou a agência estatal KCNA.

Nesta visita, Kim Jong-un declarou ainda que Samjiyon iria tornar-se “num complexo turístico de montanha de quatro estações para satisfazer as necessidades culturais e emocionais da população ao mais alto nível e revitalizar o turismo internacional”.

Ora, é precisamente nesta cidade que a KTG Tours e a Koryo Tours vão fazer as suas viagens, a partir de dezembro deste ano. A cidade é publicitada como o local ideal para uma viagem de inverno, com uma estância de esqui barata, poucos turistas e muita neve. Samjiyon localiza-se no norte do país, perto da fronteira com a China, no sopé do Monte Paektu.

Segundo as informações disponibilizadas pelo país, este tem uma importância histórica e simbólica. Histórica, porque era aqui que se localizavam os campos secretos de resistência coreana contra a ocupação japonesa — que durou entre 1910 e 1945 –, que ainda podem ser visitados. Simbólica, porque Kim Jong-Il, pai do atual líder e segundo “líder supremo da Coreia do Norte”, terá nascido no Monte Paektu.

A Koryo Tours confirmou à BBC que serão bem-vindos nas viagens cidadãos de todos os países, exceto da Coreia do Sul. Já o presidente-executivo do grupo de análise norte-americano Korea Risk Group mostrou-se cético sobre esta abertura: “Acredito quando vir”, declarou ao canal britânico.

“Se [o plano de renovação] for completado a tempo, só consigo imaginar que apenas turistas russos e talvez chineses consigam visitar em números significativos a princípio. A não ser que a Coreia do Norte ofereça voos diretos a partir de um país neutro, como a Mongólia”, argumentou Chad O’Carroll.

Para além da proibição de sul-coreanos, é difícil que norte-americanos façam parte desta nova vaga de turismo no país isolado. Isto, porque os Estados Unidos exigem uma aprovação do Departamento de Estado para permitir que os seus cidadãos adquiram o visto para a República Democrática Popular da Coreia.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.