Cerca de 40% de Portugal continental estava em seca meteorológica moderada e severa no final de julho, indica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) no boletim climatológico sobre o mês passado.

Segundo o documento divulgado esta segunda-feira, houve um aumento da área em seca meteorológica moderada e severa na região sul, afetando os distritos de Faro, Beja, Évora, Setúbal e Portalegre.

Seca meteorológica diminuiu em junho, mas intensidade agravou-se no sotavento

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De acordo com o IPMA, o mês de julho em Portugal continental foi classificado como quente em relação à temperatura do ar e normal em relação à precipitação.

Foi o nono mês de julho mais quente desde 2000, com o valor médio da temperatura do ar, 23,15 graus celsius (°C), a ser superior em 0,65 °C em relação ao valor registado entre 1981 e 2010.

A temperatura mínima registou o oitavo valor mais alto desde 2000, com 16,12°C, uma anomalia de mais 0,28°C superior ao valor normal. A temperatura máxima, com um valor médio de 30,17°C, também representa uma anomalia de + 1,02°C acima do valor normal.

Em relação à precipitação foi o oitavo julho mais chuvoso desde 2000. O IPMA recorda que o início do mês teve temperaturas mínimas muito abaixo do valor normal, especialmente nos dias 7 e 8, e que no dia 23 foi registado o dia mais quente do ano.

De acordo com os dados do IPMA, na Europa o valor médio da temperatura média do ar foi 1,49°C acima do valor médio 1991 — 2020, sendo o segundo julho mais quente, depois do julho de 2010.

Temperaturas acima da média de 1991 — 2020 foram registadas no sul e no leste da Europa, registando-se ondas de calor em países como Itália ou Grécia, com as temperaturas noturnas em Atenas a rondarem os 30°C, o que excedeu substancialmente o critério de 20°C para a definição de uma noite tropical.

Temperaturas chegaram aos 34,8°C. Recorde de dia mais quente do ano ultrapassado no Reino Unido

No norte da Europa o mês foi mais húmido do que a média, tendo fortes precipitações provocado inundações em partes dos Estados Bálticos.