O PS/Lisboa criticou esta quinta-feira o estado de “degradação” do Jardim da Estrela e o “excesso” de imóveis em alojamento local existentes nesta freguesia lisboeta, exigindo que o executivo municipal tome medidas para mitigar estes problemas.

As críticas dos socialistas na Câmara de Lisboa surgem na sequência de uma visita realizada esta manhã à freguesia da Estrela, durante a qual visitaram o jardim, a Sociedade Musical Ordem e Progresso e o bairro da Madragoa.

A visita insere-se na iniciativa dos socialistas “Ouvir a Cidade”, que prevê um conjunto de visitas às freguesias da cidade.

Verificámos o estado de abandono e de pouco cuidado do Jardim da Estrela, que não está a ser aproveitado. Este jardim tinha tudo para ser um espaço de eleição da cidade”, afirmou à agência Lusa o presidente da concelhia de Lisboa do PS, Davide Amado.

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Outra das críticas apontadas pelo também presidente da Junta de Freguesia de Alcântara tem a ver com as condições das instalações que albergam a Sociedade Musical Ordem e Progresso, fundada em 1898.

“É uma das mais antigas coletividades da cidade de Lisboa, com mais de 100 anos. Tem as suas instalações bastante degradadas e problemas com o senhorio. A Câmara tem ignorado este problema”, lamentou.

Já na visita ao bairro da Madragoa, os socialistas constataram o que consideram ser um excesso de imóveis em regime de alojamento local, defendendo a necessidade de identificar aqueles cuja licença já caducou e devolvê-los ao uso habitacional.

“Temos imensos prédios, completamente conquistados pelo alojamento local. Fazem parte, certamente, daquelas oito mil licenças que já atingiram a caducidade. A Câmara de Lisboa recusa-se a cumprir a lei e a devolvê-los ao mercado de habitação”, defendeu.

Davide Amado referiu que “todos os problemas identificados” serão agora “reportados aos órgãos autárquicos”, de forma a exigir que o executivo municipal, presidido pelo social-democrata Carlos Moedas, os resolva.

O executivo de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) — os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta —, três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.