O almirante Gouveia e Melo, chefe do Estado-Maior da Armada, é o favorito dos portugueses para suceder a Marcelo Rebelo de Sousa nas próximas eleições presidenciais, segundo uma sondagem da Aximage para a CNN publicada esta quarta-feira. As eleições para Belém só se realizam no início de 2026 e ainda não há candidatos oficiais, mas 21% dos inquiridos responderam que Gouveia e Melo seria o seu escolhido.
Em segundo lugar, ficou o antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que reuniu 14,7% das intenções de voto e a seguir, com 10,6%, surge Luís Marques Mendes, que já assumiu estar inclinado a oficializar uma candidatura. O quarto nome com mais respostas — 8,8% dos inquiridos — foi o de André Ventura, líder do Chega.
Marques Mendes diz que está “mais próximo do que nunca” de decidir candidatura a Belém
Os potenciais candidatos do PS surgem apenas abaixo dos 10%: Mário Centeno recolhe 8,3% dos votos, Ana Gomes, 7,9% e Augusto Santos Silva, 5%. Sobram ainda os 18,6% que responderam ainda estar indecisos sobre a sua direção de voto para daqui a um ano e meio. A popularidade de Gouveia e Melo repete-se na hipótese de uma segunda volta, com os inquiridos a darem ao militar vitórias expressivas sobre todos os candidatos.
O almirante, que foi reconhecido pelo seu trabalho na coordenação da campanha de vacinação contra a Covid-19, reúne a vitória ainda em todos os sexos e faixas etárias, quando divididos os resultados por características demográficas. A sua maior fonte de apoio, na análise da identificação partidária, vem da Iniciativa Liberal, mas também no PS é o preferido, estando à frente de Centeno e Santos Silva. Entre os apoiantes do PSD, Gouveia e Melo fica atrás de Passos Coelho, mas por pouco: o militar tem 23,3% das intenções e o ex-primeiro-ministro, 24,7%.
Nesta análise, Gouveia e Melo sofre só uma outra “derrota”, também para Passos Coelho, que é o favorito entre os eleitores da região Norte. O chefe do Estado-Maior da Armada vence nas restantes regiões, com a menor taxa de aprovação na Área Metropolitana de Lisboa.
A sondagem da Aximage para a CNN teve uma amostra de 818 entrevistas, realizadas entre 6 e 19 de setembro. A margem de erro é de mais ou menos 3,4%.